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Estado de Minas

Socorristas buscam sobreviventes de naufrágio na China


postado em 03/06/2015 14:46

As equipes de resgate continuavam buscando nesta quarta-feira sobreviventes do navio que afundou com mais de 450 pessoas a bordo na segunda-feira no rio Yangtsé, no centro da China, provavelmente devido a um pequeno tornado.

No meio da tarde desta quarta-feira, os socorristas haviam encontrado 14 sobreviventes e 26 cadáveres, alguns deles 50 quilômetros rio abaixo do local do naufrágio.

Sob uma chuva intensa, as equipes de resgate, com o apoio de uma centena de mergulhadores, seguiam vistoriando o casco do "Dongfangzhixing" ("Estrela do Oriente"), que afundou a 15 metros de profundidade.

Os socorristas começaram a perfurar o fundo da embarcação para garantir que não restava ninguém vivo em seu interior, segundo a agência chinesa Xinhua.

"O barco afundou em pouco tempo, então pode haver ar preso no casco (...), o que significa que podem existir sobreviventes", explicou Li Qixiu da Universidade de Engenharia Naval, citado pela Xinhua.

O "Estrela do Oriente" cobria a rota entre duas antigas capitais chinesas, Nankín (leste) e Chongqing (centro) e naufragou na região de Jianli (província de Hubei).

Segundo o Escritório Estatal de Meteorologia, um tornado atingiu brevemente a região de Jianli, acompanhado por ventos de mais de 117 km/h e precipitações de mais de 64 mm em uma hora.

Durou entre 15 e 20 minutos, o tempo em que o navio afundou, embora o Escritório não tenha informado sua localização ou sua trajetória exata.

Isso coincidiria com a versão de dois resgatados, o capitão e o engenheiro chefe, que declararam que o barco havia ficado preso por um tornado. Os dois homens estavam detidos pela polícia para os trabalhos de investigação.

Poucas esperanças

No entanto, as esperanças de encontrar sobreviventes pareciam mínimas nesta quarta-feira.

Em Xangai, de onde uma centena de passageiros eram originários, os parentes dos desaparecidos se deixaram levar pela raiva nesta quarta-feira em frente à prefeitura, indignados pela falta de notícias.

Um confronto foi registrado com as forças de ordem, que queriam dispersá-las, contaram os parentes à AFP.

Em um hospital de Jianli, um casal buscava desesperadamente um tio e uma tia desaparecidos no naufrágio.

"Dirigimos durante toda a noite" a partir de Nanquim, a 750 quilômetros, declarou a mulher. "Seu filho conseguiu ir ao lugar do drama", declarou, acrescentando: "não sabemos grande coisa".

Muitos familiares se queixavam das poucas informações fornecidas pelas autoridades.

Do Vaticano, o papa Francisco enviou uma mensagem de pêsames "ao povo chinês neste momento difícil", afirmando que ele "rezará pelas vítimas, por suas famílias e por todos os envolvidos nos trabalhos de resgate".

Controle dos meios de comunicação

O acesso ao local do naufrágio está rigidamente controlado, com cordões de isolamento policial a dois quilômetros de distância.

Segundo uma ordem das autoridades publicada no jornal independente China Digital Times, "a cobertura (do naufrágio) deve utilizar informação publicada por meios reconhecidos" pelo governo.

O navio afundou em menos de dois minutos na segunda-feira à noite, depois de ser atingido por uma tempestade. No total, 456 pessoas estavam a bordo, segundo um número atualizado que inclui os passageiros e os integrantes da tripulação, mas que não menciona estrangeiros.

À espera dos resultados da investigação, o ministério dos Transportes informou que o navio, com capacidade total para 534 pessoas, não estava sobrecarregado.

Os socorristas devem enfrentar fortes correntezas e uma ausência quase total de visibilidade, indicou na televisão um responsável pelo salvamento, Zhang Jianxin.

A China iniciou uma grande operação de resgate supervisionada pelo primeiro-ministro Li Keqiang, e que conta com a participação de milhares de pessoas.

As autoridades diminuíram a intensidade das turbinas da famosa represa das Três Gargantas, situada em uma região acima do Yangtsé, o maior rio da Ásia (6.300 km), para facilitar as operações de resgate.


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