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Estado de Minas

Eleições regionais na Itália, teste para Renzi e Berlusconi


postado em 30/05/2015 13:01

A Itália vai às urnas neste domingo para eleições regionais e municipais parciais, que significarão um teste para o chefe de governo, Matteo Renzi, mas sobretudo para seu antecessor, Silvio Berlusconi, cujo partido Forza Italia está em pleno declínio.

Vinte milhões de eleitores estão convocados a eleger os governantes de sete regiões de um total de 20 entidades no país. Os territórios convocados são Vêneto, Ligúria, Toscana, Marcas, Úmbria, Campânia e Apúlia, e mais de 1.000 municípios, incluindo Veneza, Mantua e Agrigento.

Esta batalha eleitoral, a primeira desde as eleições europeias de um ano atrás, que o Partido Democrata (PD, de Esquerda) de Matteo Renzi venceu com vantagem ao receber 40,1% dos votos, ocorre em meio a uma grande confusão.

O PD se apresenta dividido em Ligúria, onde sua ala mais esquerdista tem outro candidato, contra uma direita totalmente unida atrás de seu candidato, apoiado pela Liga Norte antieuro e pelo Forza Italia, o partido de Berlusconi.

Por sua vez, a Liga Norte também tem um candidato dissidente no Vêneto, assim como o Forza Italia em Apúlia.

Em Campânia, o candidato do PD, bem situado nas pesquisas para tirar do Forza Italia a única região que ainda possui, está sob ameaça judicial por um caso de suposto abuso de poder e pode ver anulada sua eventual vitória eleitoral.

Das sete regiões em disputa, cinco estão governadas pela esquerda, uma pela Liga e outra pelo Forza Italia.

Além disso, o governador de uma das regiões onde a esquerda manda se apresentou como candidato de um partido de direita da mesma região.

Para completar a situação, em cada uma das regiões há uma lei eleitoral diferente.

Esta confusão pode gerar abstencionismo, afirmou nesta semana o presidente do Senado, Pietro Grasso. Ou dar a vitória a Matteo Renzi, de 40 anos, cuja quota de popularidade continua sendo forte após quase um ano e meio no poder.

- Poucas alternativas diante de Renzi -

"As alternativas a Renzi não são muito atrativas, continua sendo a única oferta política séria", considera Giovanni Orsina, cientista político da universidade Luiss de Roma, perguntado pela AFP.

A atenção se concentrará nos resultados de cada partido, em particular os da Liga e Forza Italia, embora os resultados dos muitos opositores internos de cada partido também será estudado.

As principais apostas falam de um resultado de 6 a 1 para a esquerda, mas os colaboradores de Renzi tentam minimizar a importância dos resultados eleitorais.

"As próximas eleições regionais não são nem um teste, nem um termômetro para o governo. As europeias de um ano atrás não eram, as regionais de hoje também não são", declarou Luca Lotti, braço direito de Matteo Renzi.

Já para Silvio Berlusconi estas eleições aparecem, sobretudo, como uma última oportunidade.

"Se Berlusconi registrar resultados muito ruins, isso pode ser seu fim político", considera Orsina.


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