A próxima cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) será nos dias 8 e 9 de julho de 2016 em Varsóvia, 25 anos após a dissolução do pacto homônimo selado entre a URSS e seus ex-países membros, anunciou o secretário-geral da Aliança.
"Está cúpula será realizada em um momento crucial para a Aliança, num momento em que as placas tectônicas da segurança euroatlântica se moveram ao leste e ao sul", indicou Jens Stoltenberg em um comunicado.
"Já estamos implementando o reforço mais importante de nossa defesa coletiva desde o fim da Guerra Fria. Em Varsóvia traçaremos o caminho para adaptar a Aliança ao novo ambiente de segurança para que a Otan esteja pronta para defender todos os seus aliados contra qualquer ameaça, não importa de onde venha", acrescentou.
Os líderes dos 28 países membros da Otan já haviam decidido em sua cúpula de setembro em Cardiff que a próxima reunião seria realizada em Varsóvia, cidade simbólica num momento em que a Rússia e o Ocidente atravessam sua pior crise desde o fim da Guerra Fria.
Desde o início da crise com a Ucrânia, há mais de um ano, as relações com Moscou pioraram em todos os seus aspectos e a Otan suspendeu toda cooperação prática com a Rússia, a quem acusa de desestabilizar a Ucrânia e de apoiar militarmente os separatistas do leste.
O Kremlin considera, por sua vez, a Aliança como a maior ameaça para sua segurança.
A próxima cúpula será realizada na capital europeia que leva o nome do pacto que selou o antagonismo de dois mundos durante décadas, 25 anos após a dissolução formal da aliança entre a URSS e seus Estados satélites.
República Democrática Alemã, Bulgária, Hungria, Polônia, Tchecoslováquia, Romênia e Albânia formavam parte do Pacto liderado pela União Soviética.
Todos estes países, assim como os bálticos, terminaram sob a órbita da organização rival herdada da Guerra Fria, a Otan.