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Estado de Minas

Em resposta à Atenas, UE, BCE e FMI garantem que querem ajudar


postado em 06/05/2015 18:31

A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmaram nesta quarta-feira que querem ajudar a Grécia, em resposta às acusações de Atenas que garantiu que as "divergências" dessas instituições impedem um acordo com seus credores.

Em um comunicado, as três instituições credoras da Grécia afirmaram que "compartilham o mesmo objetivo, o de ajudar a Grécia a conseguir a estabilidade financeira e o crescimento".

"As instituições continuam trabalhando juntas para alcançar esse objetivo", acrescentaram assegurando que "trabalham duro para conseguir resultados concretos no dia 11 de maio", data da próxima reunião de ministros das Finanças da zona do euro em Bruxelas.

Com um discurso coadunado com as três instituições credoras, o presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem, negou nesta quarta-feira, em Paris, que existam divisões entre a UE e o FMI.

"A coordenação é muito forte, há escolhas a fazer entre a política fiscal, as reformas estruturais e a dívida", disse Dijsselbloem.

Na terça-feira, Atenas argumentou que as "divergências" entre a UE e o FMI impossibilitam um acordo com seus credores.

Atenas deve obter o aval das três instituições sobre uma série de reformas para obter o acordo do Eurogrupo para a última parcela de 7,2 bilhões de euros de ajuda financeira, bloqueada desde o final de 2014.

Após meses de desencontros com o governo de esquerda de Alexis Tsipras, as partes registraram alguns avanços nos últimos dias, embora não sejam suficientes para alcançar um acordo na próxima segunda-feira.

Pagamento da dívida

Segundo informações da imprensa, o FMI ameaça não liberar sua parte dessa última parcela caso não seja aceito o pagamento parcial da dívida grega, ao que os europeus se opõem.

A dívida pública da Grécia é a mais elevada da União Europeia (UE). Na terça-feira, a Comissão Europeia revisou seu prognóstico em alta para 2015, estimando-a em 180,2% do PIB grego.

O governo grego garante que o FMI está de acordo com a ideia de reduzir a dívida do país - o que o organismo internacional confirmou em um comunicado -, mas se mantém intransigente sobre as reformas exigidas à Grécia, em particular a do mercado de trabalho e a do sistema previdenciário.

Já a Comissão Europeia se opõe a qualquer reestruturação da dívida, mas seria mais flexível sobre as reformas do sistema de pensão e do mercado de trabalho.

Tsipras teve nesta quarta-feira uma conversa telefônica com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Segundo um comunicado, ambos destacaram os "progressos" de Atenas com seus parceiros nos últimos dias sobre uma "exaustiva série de reformas" e discutiram a importância de modernizar o sistema previdenciário assim como a "necessidade" de que as evoluções do mercado de trabalho apoiem a criação de emprego.

Atenas destacou em um comunicado "o claro posicionamento de Jean-Claude Juncker sobre a regulamentação do mercado de trabalho e do sistema de aposentadorias".

Busca por apoio

Tsipras lançou esta semana uma intensa ofensiva diplomática para obter apoio. Na segunda-feira conversou com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, e com a chanceler alemã, Angela Merkel. Nesta quarta-feira, foi a vez de Juncker e do presidente francês, François Hollande.

Em paralelo, o ministro da Economia, Yanis Varoufakis, se reuniu nesta terça-feira em Paris com seu homólogo francês Michel Sapin e em Bruxelas com o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.

Varoufakis se reuniu nesta quarta-feira em Roma com seu homólogo italiano, Pier Carlo Padoan, e na sexta-feira será recebido pelo ministro espanhol, Luis De Guindos.

O vice-primeiro-ministro grego, Yoanis Dragasakis, um aliado próximo de Tsipras, viajou à sede do BCE em Frankfurt.

A entidade decidiu nesta quarta-feira aumentar em 2 bilhões de euros o teto de financiamento de urgência dos bancos gregos, para chegar aos 78,9 bilhões de euros.

Apesar da gigantesca dívida e da falta de liquidez que pressiona Atenas desde o início das negociações, o governo grego pagou nesta quarta-feira 200 milhões de euros ao FMI.

Fontes em Atenas disseram à AFP que o governo grego também pagará 750 milhões de euros que vencem na próxima terça-feira e estima-se que também irá renovar os 2,8 bilhões entre os dias 8 e 15 de maio.

Os analistas acreditam, contudo, que um acordo entre a Grécia e seus credores continua sendo crucial. O atual programa de resgate foi prorrogado por quatro meses até junho.


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