A principal refinaria de petróleo do Iraque está sob ameaça do grupo Estado Islâmico (EI), que entrou no perímetro das instalações, advertiu o Exército americano nesta quarta-feira.
Vários aviões de combate americanos lançaram ataques aéreos contra o grupo jihadista ao redor da refinaria de Baiji, mas não estava claro que as forças iraquianas conseguiram repelir seus combatentes fora das instalações 200 km a norte de Bagdá, disse o coronel Steven Warren.
"O inimigo entrou na refinaria de Baiji. Controlam parte da mesma", disse o porta-voz do Pentágono à imprensa.
"É difícil dizer como vai evoluir", disse Warren, que denominou a situação como "uma batalha dura".
Especialistas americanos descreveram a segurança no povoado de Baiji e nos arredores da refinaria como o passo chave para uma eventual ofensiva para recuperar o controle da cidade estratégica de Mossul, no norte do país.
A refinaria, que produz 300.000 barris de petróleo por dia, a metade da demanda do país, não está "operando" e por isso não está claro que sua ocupação vá beneficiar o EI em algo, esclareceu.
As instalações deixaram de funcionar em junho do ano passado devido a uma forte ofensiva no norte e no oeste de Bagdá.
Warren disse que os ataques aéreos contra os combatentes do EI seriam mantidos, apesar de que estes se encontram no recinto da refinaria.
Os Estados Unidos e seus aliados lançaram 3.713 ataques aéreos no Iraque e na Síria desde agosto passado, segundo fontes oficiais.
Em meados de abril, a coalizão liderada pelos Estados Unidos informou que as forças de segurança irquianas tinham liberado a refinaria de Baiji das mãos de militantes do EI.