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Estado de Minas

Segundo brasileiro condenado por tráfico na Indonésia pode ser executado em breve

Autoridades locais informaram que Rodrigo Gularte e outros nove condenados não têm mais possibilidade de recursos na Justiça


postado em 24/04/2015 07:19 / atualizado em 24/04/2015 12:57

Gularte foi preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe(foto: DITA ALANGKARA)
Gularte foi preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe (foto: DITA ALANGKARA)

A Indonésia deu novos sinais de que está próxima de executar mais 10 pessoas condenadas por tráfico de drogas, uma vez que elas não possuem mais nenhuma possibilidade de recurso legal, informaram autoridades locais. Nove são estrangeiros, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Há, ainda, três nigerianos, dois australianos, um francês, um filipino e um ganês.

De acordo com uma das autoridades, as execuções devem ocorrer "em alguns dias". As embaixada já foram convidados a viajar no sábado para a prisão onde os condenados estão presos. A embaixada do Brasil foi uma das notificadas.

"Todos os processos legais já terminaram. O próximo passo é realizar as execuções", declarou o porta-voz do ministério de Relações Exteriores, Arrmanatha Nasir. Ele acrescentou que uma data exata ainda será determinada pela Procuradoria Geral. As execuções foram adiadas por semanas, enquanto vários apelos eram feitos pelos países dos condenados e por organizações internacionais, como a União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Nesta semana, a Indonésia recebe diversas lideranças internacionais, que irão ao país para participar de dois grandes eventos internacionais, o Fórum Econômico Mundial e uma cúpula de líderes da Ásia e da África. Como vários deles são contrários às execuções, elas devem ser adiadas, para não causar nenhum tipo de constrangimento ao presidente indonésio, Joko Widodo, avalia o analista político Paul Rowland.

"Quando os eventos terminarem, as execuções serão questão de tempo", disse David McRae, da Universidade de Melbourne, da Austrália, país de dois dos condenados. "A indonésia vai argumentar que os prisioneiros passaram por todo processo legal, mas eu não acho que este argumento vai acalmar as pressões internacionais, pois há questões do sistema legal indonésio que não foram abordadas em razão da pressa que houve para chegar às execuções", acrescentou.

O presidente Widodo afirma ainda que o país enfrenta sérios problemas com tráfico de drogas e que as execuções são necessários para coibir a prática. A iniciativa conta com o apoio de boa parte da população da Indonésia e, por isso, Widodo tem sofrido poucas críticas locais.

 

(Com informações da Agência Estado)


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