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Estado de Minas

Tribunal egípcio declara movimento palestino Hamas terrorista


postado em 28/02/2015 13:52

Um tribunal egípcio decidiu neste sábado que o movimento palestino Hamas é uma organização terrorista, segundo uma fonte judicial, semanas após o braço armado do grupo ter tido o mesmo destino.

O Hamas denunciou neste sábado esta decisão como "uma grande vergonha que mancha o prestígio do Egito".

O tribunal havia recebido duas demandas que acusavam o Hamas de estar diretamente envolvido nos ataques jihadistas contra o exército e a polícia na península do Sinai (nordeste), segundo uma fonte judicial.

Este tipo de atentados se multiplicaram desde que o exército egípcio depôs o presidente islamita Mohamed Mursi, em julho de 2013. Os jihadistas implantados no Sinai costumam reivindicar a autoria destes ataques.

A sentença chega dias após a adoção de uma nova lei antiterrorista, que permite às autoridades fechar a sede de qualquer organização declarada terrorista, assim como congelar seus bens e os de seus membros.

Para o Hamas, a sentença, que ocorre um mês após uma decisão similar contra o braço armado do movimento, é "uma tentativa desesperada de exportar as crises egípcias", disse o porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zouhri, e "uma escalada perigosa contra o povo palestino e as forças da resistência palestina".

Abu Zuhri declarou que "esta decisão não terá nenhum impacto para o Hamas, que trata com respeito todos os filhos e os líderes do povo árabe, exceto algumas pessoas influentes no Egito".

Desde a deposição de Mursi, as autoridades egípcias acusam o Hamas de apoiar uma insurreição jihadista no Sinai.

No fim de janeiro, um tribunal egípcio declarou como movimento terrorista o braço armado do Hamas, as brigadas Ezzedin al-Qasam. Meses antes um tribunal proibiu as atividades do movimento palestino em território egípcio e ordenou o congelamento de seus bens.

As relações entre o Hamas e o Egito atravessam um momento crítico desde que o ex-chefe das forças armadas e atual presidente, Abdel Fatah al-Sissi, depôs Mursi.

O movimento palestino procede, assim como Mursi, da Irmandade Muçulmana, alvo de uma repressão implacável e também declarada terrorista pelo Cairo.


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