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Estado de Minas

Imprensa identifica "Jihadista John", o carrasco do Estado Islâmico

Mohammed Emwazi nasceu em uma família rica de origem kuwaitiana estabelecida no oeste da capital britânica


postado em 26/02/2015 14:23 / atualizado em 26/02/2015 14:59

(foto: AFP PHOTO/SITE INTELLIGENCE GROUP)
(foto: AFP PHOTO/SITE INTELLIGENCE GROUP)
Mohammed Emwazi, um desenvolvedor de software de 26 anos, foi apresentado nesta quinta-feira por vários meios de comunicação como sendo o misterioso "Jihadista John", o carrasco mascarado que apareceu em pelo menos sete vídeos de decapitação do grupo Estado Islâmico (EI).

Um porta-voz da Scotland Yard não quis confirmar o nome do suspeito, que nasceu em uma família rica de origem kuwaitiana estabelecida no oeste da capital britânica, argumentando que a investigação confiada aos serviços anti-terroristas com a ajuda do MI5 e MI6, "ainda está em curso". O primeiro-ministro britânico, David Cameron, havia confirmado que se tratava, muito provavelmente, de um britânico, mas os serviços de segurança se recusaram a divulgar a sua identidade, de modo a não interferir nas investigações.

No entanto, o Centro de Estudos sobre a Radicalização do Kings College London indicou em um comunicado que a identificação "parece correta".

Um especialista britânico em movimentos jihadistas, Shiraz Maher, assegurou, por sua vez, em um tuíte que "Sim, finalmente, o nome apareceu".

REFERÊNCIA AOS BEATLES O apelido "Jihadista John", em referência a John Lennon, teria sido atribuído ao jovem londrino por ex-reféns ocidentais, que ele foi encarregado de supervisionar, à frente de um pequeno grupo de combatentes britânicos chamado "Beatles".

O homem se ternou o símbolo, a incarnação da crueldade manifestada pelo EI, aparecendo nas imagens macabras de propaganda vestido de negro e rosto coberto ao lado de reféns americanos, britânicos e japoneses em uniforme laranja, pouco antes de sua execução, com uma faca na mão, proferindo com um sotaque britânico ameaças contra os governos em questão.

Ele vestia roupas pretas e apenas seus olhos eram visíveis.

De acordo com o The Guardian, o suspeito tem 26 anos e seria graduado em um curso de desenvolvimento de software. Ele teria viajado à Síria em 2012.

A BBC estima que ele tenha cerca de 27 anos e acrescenta que ele teria sido detectado pelos serviços de inteligência ocidentais após sua radicalização que se seguiu a uma visita à Tanzânia. Acreditava-se que nesta ocasião ele teria entrado em contato com o grupo somali Shebab.

HÁ TRÊS MESES O Washington Post entrevistou um parente que identificou Emwazi afirmando: "Ele era como um irmão para mim... Eu tenho certeza que é ele." Os serviços de inteligência analisam há meses as gravações para tentar dar um nome para a voz. Inicialmente, a imprensa britânica havia evocado um outro suspeito, garantindo que o carrasco era um ex-DJ. Alguns chegaram a anunciar sua morte em um bombardeio."Jihadista John" deve o seu apelido a ex-reféns ocidentais, que ele foi encarregado de supervisionar, à frente de um pequeno grupo chamado "Beatles".

Ele apareceu pela primeira vez em um vídeo divulgado após a execução do jornalista americano James Foley, em agosto de 2014.

Também apareceu nos vídeos das decapitações de um segundo jornalista americano, Steven Sotloff, do trabalhador humanitário britânico David Haines, do motorista de táxi de Manchester Alan Henning e do americano Abdul-Rahman Kassig.

No mês passado, também apareceu nas imagens no momento das mortes dos reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto.

As informações sobre sua identidade continuam fragmentadas e com muitas questões sombrias.

No entanto, o CAGE, uma organização de defesa dos direitos dos muçulmanos, publicou um longo retrato de Emwazi nesta quinta-feira. Ele teria sido detido e interrogado em várias ocasiões na Tanzânia, Holanda e Reino Unido. O MI5 teria, em vão, tentado recrutá-lo.

Teria sido "assediado ao ponto de perder duas noivas, seu trabalho e uma nova vida no Kuwait".

Questionado sobre a caça ao "Jihadista John" - um dos 700 jovens britânicos a se juntar aos combatentes islâmicos na Síria e no Iraque - especialistas militares ressaltaram anonimamente quão difícil seria intervir em terreno hostil para neutralizá-lo.

No entanto, será impossível que retorne livremente para o Reino Unido.


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