(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Promotor argentino que denunciou Cristina Kirchner é encontrado morto

Alberto Nisman acreditava que a Casa Rosada estimulou a impunidade de acusados de ataque terrorista


postado em 19/01/2015 06:13 / atualizado em 19/01/2015 07:25

(foto: REUTERS/Marcos Brindicci )
(foto: REUTERS/Marcos Brindicci )

São Paulo, 19 - O promotor federal argentino Alberto Nisman foi encontrado morto na madrugada desta segunda-feira, no banheiro de seu apartamento em Buenos Aires, no bairro de Puerto Madero, segundo informaram as agências EFE, AFP e Reuters. De acordo com a Reuters, ele foi baleado.

Na última quarta-feira (14), Nisman denunciou a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o chanceler Héctor Timerman por negociar um plano para garantir impunidade e “acobertar fugitivos iranianos”, referindo-se aos acusados do ataque terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em 18 de julho de 1994.

O promotor, encarregado do caso Amia, solicitou abertura de inquérito contra a presidente e o chanceler. Ele iria apresentar os detalhes da denúncia ao Congresso argentino nesta segunda-feira. Nisman acreditava que a Casa Rosada estimulou a impunidade dos acusados por motivos econômicos. Em troca da obtenção de acordos comerciais com o Irã, especialmente para as exportações de carne e oleaginosas, a Argentina - que desde 2004 enfrenta crise energética - receberia petróleo iraniano.

“A presidente e seu chanceler tomaram a criminosa decisão de fabricar a inocência do Irã para saciar interesses da República da Argentina”, escreveu Nisman em documento enviado à Associated Press. O promotor argumenta que a cúpula do governo Kirchner negociou e organizou com Teerã “um sofisticado plano” para acobertar participantes do atentado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)