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Estado de Minas

Militares mortos pelas Farc às vésperas da trégua na Colômbia

Segundo o exército, cinco homens morreram em emboscada atribuída à guerrilha


postado em 19/12/2014 14:01 / atualizado em 19/12/2014 14:58

Cinco militares morreram em uma emboscada atribuída às Farc em uma zona rural do município de Santander de Quilichao, oeste da Colômbia, às vésperas de uma trégua unilateral anunciada por esta guerrilha, informou o exército nesta sexta-feira. A guerrilha declarou na quarta-feira uma trégua unilateral "por tempo indeterminado", que só dará por terminada se suas unidades forem atacadas pelo exército.


"Resolvemos declarar um cessar-fogo unilateral e a suspensão das hostilidades por tempo indeterminado, que deve se transformar em armistício", disse em seu blog a delegação de paz das Farc em Cuba, sede das negociações com o governo colombiano.


"Este cessar-fogo unilateral, que desejamos prorrogar por longo tempo, será suspenso apenas se for constatado que nossas estruturas guerrilheiras foram alvo de ataques por parte da força pública", destacou o grupo rebelde.


As Farc aspiram contar "com o aval de UNASUL, CELAC e CICR" para garantir o sucesso da trégua, anunciada após a viagem à Colômbia da delegação do governo liderada pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, após o fim do 31º ciclo de negociações de paz.


Desde o início das negociações de paz em Havana, em novembro de 2012, as Farc já decretaram quatro tréguas unilaterais, sem a adesão do governo em Bogotá, que teme uma manobra da guerrilha para se fortalecer militarmente, como ocorreu no passado.


"Que esta seja a oportunidade para chamar a atenção, de forma clara e direta, do presidente Juan Manuel Santos, que comemorou no Twitter a morte de alguns dos nossos companheiros de armas e de ideias no domingo passado", assinala o comunicado das Farc.


Santos destacou na segunda-feira passada a morte de nove guerrilheiros das Farc em operações do Exército e da polícia no departamento de Meta, no centro do país.


O governo e as Farc já acertaram três dos seis pontos em discussão em Havana: reforma rural (maio de 2013), participação política da guerrilha (novembro 2013) e solução para o problema das drogas (maio de 2014).


Faltam acertar indenização das vítimas, atualmente em discussão, abandono das armas e mecanismo para referendar o eventual acordo de paz.


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