A presidente Dilma Rousseff comemorou, nesta quarta-feira, a normalização das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba e ressaltou a importância estratégica do Porto de Mariel, na ilha, financiado pelo governo brasileiro e alvo de forte polêmica.
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta após a cerimônia de abertura da XLVII Cúpula do Mercosul, na cidade argentina de Paraná, Dilma considerou a mudança um "marco" para a América Latina.
Na reunião, o Brasil assumiu a presidência rotativa do bloco.
Dilma defendeu a "política do governo brasileiro", citando o Porto de Mariel como parte das "ações concretas" em relação a Cuba.
"Hoje, o Porto de Mariel é estratégico pela sua proximidade com os Estados Unidos", frisou Dilma.
"Acredito que isso é um marco nas relações aqui da nossa região, mas, sobretudo, do mundo", afirmou Dilma, cumprimentando o presidente americano, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, pelo que chamou de "confluências de interesses", assim como o Papa Francisco, por ter sido um "grande fator de aproximação".
Segundo a presidente, o anúncio "mostra a importância das relações dentro dessa região".
Nesta quarta, o presidente Obama anunciou a retomada das relações bilaterais com Cuba, após mais de meio século de confrontos e sanções entre os dois países.