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Estado de Minas

Congressistas fazem duras críticas a Obama por decisão sobre Cuba

Presidente norte-americano anunciou nesta quarta-feira o restabelecimento das relações diplomáticas com a ilha, suspensas há 53 anos


postado em 17/12/2014 18:52 / atualizado em 17/12/2014 20:34

(foto: AFP)
(foto: AFP)

Legisladores republicanos e democratas mostraram sua oposição, nesta quarta-feira, à aproximação diplomática entre Estados Unidos e Cuba, anunciado por Barack Obama, acusando o presidente de conceder "tudo" ao regime comunista e alertando que o Congresso deterá qualquer esforço para suspender o embargo econômico.


O senador republicano Marco Rubio qualificou o acordo entre Obama e seu colega cubano, Raul Castro, de "inexplicável" e disse que só atrasará ainda mais a transição de Cuba do comunismo a um sistema democrático. "A Casa Branca concedeu tudo e ganhou pouco", destacou o cubano-americano Rubio, visivelmente incomodado.

 

Rubio, que pode se tornar o novo presidente da Comissão de Assuntos Exteriores para o Hemisfério Ocidental do Senado ironizou o anúncio de Obama e afirmou que espera "um par de anos muito interessantes", quando será preciso abrir uma embaixada americana em Havana e nomear um embaixador.


"Tenho planejado usar todas as ferramentas à nossa disposição como maioria para reverter a parte dessas mudanças", disse, em alusão aos planos anunciados por Obama, que incluem a flexibilização das restrições das viagens à ilha. Consultado sobre o que o Congresso fará com o embargo comercial em vigor há mais de 50 anos, Rubio foi contundente: "este Congresso não levantará o embargo".


O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, também criticou Obama por oferecer a Cuba a última de "uma longa sequência de concessões sem sentido a uma ditadura que trata brutalmente seu povo e conspira com nossos inimigos". "Se há algo que consegue é incentivar os Estados que patrocinam o terrorismo", avaliou.

Democratas

Críticas a Obama também vieram das fileiras democratas. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Robert Menendez, disse que as ações de Obama "têm justificado o comportamento brutal do governo cubano".


Menendez rejeitou principalmente a troca de prisioneiros que acabou com a libertação de um cubano que fez espionagem para Washington em troca de três espiões cubanos condenados, assim como a liberdade do funcionário terceirizado do governo americano Alan Gross, preso durante cinco anos na ilha. "Esta troca assimétrica gerará mais beligerância para o movimento opositor cubano e o aumento da pressão do governo ditatorial sobre seu povo", destacou.

 

Três legisladores americanos, entre eles o veterano democrata Patrick Leahy, viajaram a Cuba para levar Gross de volta para casa nesta quarta-feira. Leahy advertiu contra aqueles que se "agarram a uma política fracassada" de isolamento. "Isto não serviria nem aos interesses dos Estados Unidos e seu povo, nem ao povo cubano", afirmou o senador. "É tempo de haver uma mudança", acrescentou.


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