(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

SIP critica falta de transparência nos EUA após caso Snowden


postado em 19/10/2014 17:40

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criticou neste domingo as restrições crescentes ao acesso a informações oficiais nos Estados Unidos após os vazamentos do ex-agente da inteligência Edward Snowden.

As limitações são cada vez maiores, tanto para jornalistas quanto para os cidadãos, e informações que, "antes, poderiam ser públicas, agora estão sendo classificadas de secretas", declarou à AFP Ricardo Trotti, coordenador de Liberdade de Imprensa da SIP.

No caso americano, Trotti criticou o "uso indiscriminado das exceções à lei para não dar informações ao público", sempre se atendo a temas de segurança nacional.

"O problema se agravou, porque o presidente Barack Obama havia prometido um nível de transparência muito maior que o do governo de George W. Bush, e porque, depois das revelações de Snowden, houve diretrizes específicas da Casa Branca e dos departamentos de Segurança e Estado para que funcionários não possam falar com jornalistas", assinalou.

As revelações de Snowden permitiram estabelecer a dimensão do monitoramento que os Estados Unidos fazem da internet e, segundo o relatório elaborado pela SIP, após conhecerem os vazamentos, muitos jornalistas "mudaram a forma de se relacionar e se comunicar com as fontes, e, em alguns casos, até deixaram de reportar certos assuntos".

A SIP, que realiza sua 70ª assembleia geral em Santiago até a próxima terça-feira, destacou que não existe nos EUA uma lei federal de proteção das fontes, o que, segundo Trotti, já levou muitos jornalistas a serem citados judicialmente, ou mesmo a serem presos, por "quererem respeitar o princípio ético de manter o anonimato e proteger a fonte".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)