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Estado de Minas

Rebeldes sírios se reestruturam para contra-atacar jihadistas


postado em 22/09/2014 14:40

A rebelião síria que combate tanto o regime de Damasco quanto os jihadistas do Estado Islâmico vão adotar um novo comando militar para gerir mais eficazmente a ajuda prometida por Washington, declarou nesta segunda-feira a oposição no exílio.

O Conselho Militar Supremo (CMS) do Exército Sírio Livre (ESL), que representa a rebelião moderada na Síria, "foi dissolvido e será reestruturado, o mais tardar dentro de um mês", indica um comunicado.

"A revolução síria atravessa uma fase crítica que requer (...) a reorganização das suas instituições (...) e melhorias em sua capacidade de organização e de luta", indica a coalizão.

Uma porta-voz da oposição informou que o chefe da coalizão, Hadi al-Bahra, tomou esta decisão porque o "CMS em sua estrutura atual não é representativo da maioria das forças no terreno."

O Estado-Maior do ESL, que supervisiona o CMS, saudou a decisão.

O ESL tem perdido há um ano terreno, influência e armas para os jihadistas do EI, que semeiam o terror no Iraque e na Síria, onde controla grandes áreas, mas também pelo regime militar que tem reconquistado vários redutos rebeldes sob seu controle desde o final de 2011.

Confrontado com o perigo do EI, o Congresso americano adotou em 18 de setembro um plano que prevê o fornecimento de equipamento e o treinamento de rebeldes sírios moderados para que eles possam ser capazes de conduzir a ofensiva terrestre contra o EI na Síria.

Esta rebelião conta com dezenas de milhares de combatentes, incluindo grupos de tendência laica.

Núcleo da rebelião lutando pela derrubada do regime de Bashar al-Assad, o ESL foi formado por desertores, aos quais uniram-se civis que pegaram em armas após a repressão brutal de março de 2011 por Damasco de um movimento de protesto exigindo reformas.

Mas essa coalizão sofreu importante perdas, visto que vários de seus combatentes juntaram-se às fileiras dos islamistas e jihadistas, mais bem financiados e armados.

Ativistas e rebeldes têm repetidamente denunciado a inação da comunidade internacional frente a máquina de guerra do regime, enquanto os governos ocidentais, Washington em primeiro lugar, sempre se mostraram reticentes em armar os insurgentes.

Mas o conflito na Síria mudou sua face com a ascensão do EI, que ameaça a integridade do Iraque e da Síria, mas também a segurança dos países da região, levando o governo Obama a rever sua política.


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