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Estado de Minas

Ucrânia não aplicará plano de paz sem cessar-fogo prévio


postado em 21/09/2014 10:55

O exército ucraniano anunciou neste domingo que não aplicará o plano de paz negociado com os separatistas pró-Rússia antes do respeito de um cessar-fogo total no leste da Ucrânia, onde dois soldados morreram desde a assinatura do plano.

Kiev e os separatistas assinaram na madrugada de sábado em Minsk um memorando de nove pontos, ratificado também pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e a Rússia, que prevê a criação de uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros de comprimento no total dos dois lados da linha de frente.

Mas o porta-voz do exército ucraniano, Andri Lysenko, afirmou que a aplicação da zona desmilitarizada, de onde deveriam ter sido retiradas as armas pesadas na madrugada de domingo, seria possível apenas após um cessar-fogo total nas regiões separatistas de Lugansk e Donetsk.

"Um dos principais pontos (do acordo assinado sábado em Minsk, capital de Belarus) envolve o cessar-fogo e somente depois estão os outros pontos", afirmou Lyssenko.

"Enquanto não for cumprido o primeiro ponto, não podemos falar dos seguintes", disse durante uma entrevista coletiva.

O texto prevê a entrada em vigor simultânea dos pontos acordados no território controlado pelos rebeldes, ou seja, uma zona de 230 km de comprimento entre Lugansk e o mar de Azov ao sul, e de 160 km de comprimento entre Donetsk ao oeste e a fronteira russa ao leste.

O texto prevê a aplicação de vários dispositivos como a criação da zona desmilitarizada na linha de frente (estabelecida em 19 de setembro), assim como a proibição do uso das armas de calibre superior a 100 milímetros nas zonas habitadas, entre outros.

O memorando pretende reforçar um protocolo de cessar-fogo assinado em 5 de setembro, também em Minsk.

Desde a assinatura deste protocolo, 37 civis e militares morreram no leste da Ucrânia. O conflito provocou 2.900 mortes e deixou 600.000 deslocados em cinco meses.

De acordo com o governo da Ucrânia, dois soldados morreram em combates no leste do país desde a assinatura do memorando no sábado.

Em Donetsk, principal cidade sob controle dos separatistas pró-Rússia, tiros com armas pesadas foram ouvidos neste domingo nas imediações do aeroporto, controlado pelas forças ucranianas.

De acordo com o memorando de Minsk, todas as tropas estrangeiras devem abandonar a Ucrânia. Os países ocidentais e Kiev acusam a Rússia de apoio militar aos separatistas, o que Moscou nega, apesar da imprensa local ter informado sobre o enterro no norte da Rússia de paraquedistas mortos na Ucrânia.


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