(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Kiev e separatistas têm 24 horas para criar zona desmilitarizada


postado em 20/09/2014 09:22

O exército ucraniano e os separatistas pró-Rússia devem criar neste sábado uma zona desmilitarizada de 30 quilômetros no total dos dois lados da linha de frente, após um novo plano de paz assinado durante a noite em Minsk.

O memorando de nove pontos, assinado duas semanas depois de um primeiro protocolo de cessar-fogo, foi alcançado após sete horas de negociações em um hotel da capital de Belarus entre enviados de Moscou, Kiev e dos separatistas, sob a supervisão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

O acordo constitui mais um passo para acabar com o conflito, que deixou 2.900 mortos e mais de 600.000 deslocados em cinco meses.

O texto prevê um cessar-fogo completo, a criação de uma zona desmilitarizada e a retirada em 24 horas pelos dois lados da artilharia pesada (peças superiores a um calibre de 100 milímetros) a 15 km da "linha de contato".

"Isto será uma oportunidade para criar uma zona de segurança de pelo menos 30 quilômetros de extensão", resumiu o enviado de Kiev, o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma.

O objetivo é congelar a relação de forças atual e estabelecer esta zona desmilitarizada na linha de frente, que divide literalmente em duas a região separatista de Donetsk. Os separatistas pró-Rússia controlam apenas uma pequena parte da região de Lugansk.

O memorando não aborda, no entanto, a questão problemática do aeroporto de Donetsk, controlado pelo exército ucraniano mas cercado pelos rebeldes.

As partes estabeleceram que os beligerantes não utilizarão armamento pesado em regiões povoadas e que os aviões militares e drones terão que respeitar a zona de segurança criada. O acordo será monitorado pela OSCE.

Segundo o texto, "todos os grupos armados estrangeiros, equipamentos militares, combatentes e mercenários" devem deixar a Ucrânia, destacou Kuchma.

Os países ocidentais e Kiev acusam a Rússia de enviar soldados para lutar no leste do país, acusações que Moscou nega.

O memorando, no entanto, não aborda a questão do "estatuto especial" para as regiões de Donetsk e Lugansk.

A trégua anunciada em 5 de setembro representou uma redução da violência, mas as violações do cessar-fogo pelos dois lados deixaram pelo menos 34 mortos, segundo um balanço da AFP.

Centenas de milhares de civis sofrem no leste do país com a falta de alimentos e de produtos básicos, como água e energia elétrica. Para tentar remediar a situação, a Rússia enviou um terceiro comboio de ajuda humanitária, que chegou neste sábado a Donetsk sem qualquer escolta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)