A Organização do Tratado do Atlântico Norte manterá o ritmo acelerado de suas manobras militares no leste europeu para enviar um claro sinal sobre a disposição de combater pela Aliança, declarou um comandante aliado nesta sexta-feira.
O general francês Jean-Paul Palomeros, que supervisiona o treinamento como chefe do Comando Aliado da Transformação da Otan, disse à imprensa que a Aliança Atlântica está determinada e tem os recursos para manter todos os planos de exercícios, que foram expandidos após a intervenção russa na Ucrânia no início deste ano.
"Devemos dar consistência enquanto for necessário", disse o general. "Minha percepção (...) é que a Otan é capaz de fazer isso."
Palomeros, que assumiu a liderança do comando da Otan em setembro de 2012, falou pouco depois de os países ocidentais acusarem a Rússia de enviar tropas para a Ucrânia para apoiar os separatistas pró-russos.
O primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatseniuk disse nesta sexta-feira que a Ucrânia quer reviver o processo de adesão à Otan ante a agressão da Rússia.
Durante uma reunião de cúpula em abril de 2008, a Otan concordou em receber a Ucrânia em sua aliança, o que irritou a Rússia. Mas, em 2010, o governo do presidente ucraniano pró-russo Viktor Yanukovych renunciou a este objetivo.