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Estado de Minas

Autoridade Palestina busca se reconciliar com Hamas em meio a bloqueio de negociações com Israel


postado em 22/04/2014 18:40

A Autoridade Palestina retoma suas tentativas de se reconciliar com o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, no momento em que as negociações de paz com Israel estão bloqueadas e em que o prazo previsto para alcançar um acordo está prestes a expirar.

Uma delegação da Organização de Libertação da Palestina (OLP) chegou nesta terça-feira a Gaza para tentar reativar o processo de reconciliação com o Hamas.

A delegação é liderada por Azam al-Ahmad, um dirigente do Fatah, movimento nacionalista do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e que governa as zonas autônomas de Cisjordânia.

A representação foi recebida pelo chefe de governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, e pelo número dois do movimento islâmico, Musa Abu Marzuq, que chegou na segunda do Cairo para preparar o encontro.

Durante as reuniões a portas fechadas, que serão realizadas até o final de semana, as duas partes vão discutir a criação de um governo de consenso nacional e a organização de eleições.

"Peço que todos trabalhemos pela reconciliação palestina para conseguirmos criar um governo único, um sistema político único e um programa nacional único", pediu Haniyeh, que recebeu os delegados da OLP em sua casa.

O chefe da delegação, Azam al-Ahmad, se disse "feliz de chegar ao momento de acabar com a divisão".

O Fatah, principal partido da OLP, e o Hamas assinaram um acordo de reconciliação para acabar com a divisão entre Cisjordânia e Gaza em 2011, mas a maioria das cláusulas nunca foram aplicadas.

O Hamas se opõe categoricamente às atuais negociações da Autoridade Palestina com Israel.

No entanto, estas negociações estão completamente bloqueadas desde que Israel se negou a libertar, no dia 29 de março, segundo o previsto, um último contingente de prisioneiros e exigiu uma prolongação das negociações de paz para além de 29 de abril, a data limite decidida inicialmente.

Os Estados Unidos tentam fazer com que as duas partes alcancem um acordo que permita prolongar as negociações, mas até o momento isso não ocorreu.

Neste contexto, líderes palestinos indicaram nesta terça-feira que não têm a intenção de dissolver a Autoridade Palestina.

"Nenhum palestino fala de uma iniciativa de desmantelar a Autoridade Palestina", afirmou nesta terça-feira à AFP o chefe dos negociadores da Autoridade com Israel, Saeb Erakat.

"Mas as iniciativas israelenses anularam o alcance legal, político, de segurança, econômico e operacional das prerrogativas da Autoridade Palestina", acrescentou.

A equipe de negociadores havia informado na semana passada ao mediador americano, Martin Indyk, que os palestinos poderiam decidir desmantelar o governo dirigido por Abbas para fazer com que recaísse sobre Israel a responsabilidade pela gestão do território como potência ocupante.

Os Estados Unidos advertiram na segunda-feira que este tipo de medida extrema teria graves consequências.

Esta foi a primeira vez em que foi levantada a ameaça de dissolver a Autoridade desde a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos sob os auspícios do secretário americano de Estado, John Kerry, em julho.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, minimizou a importância das ameaças de dissolução da Autoridade Palestina caso o processo de paz fracasse.

"A Autoridade Palestina, que ameaçava ontem se dissolver, fala hoje de reunificação com o Hamas. Devem decidir se querem se dissolver ou se reunificar com o Hamas, e quando quiserem a paz nos digam", declarou Netanyahu na noite de segunda-feira em um discurso por ocasião do fim da Páscoa judaica.


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