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Estado de Minas

Políticos japoneses visitam santuário Yasukuni antes de viagem de Obama


postado em 22/04/2014 10:40

Mais de 100 parlamentares e políticos japoneses visitaram nesta terça-feira o controverso santuário Yasukuni de Tóquio, o que pode irritar a China, em particular, na véspera do início de uma viagem pela Ásia do presidente americano Barack Obama.

Quase 150 parlamentares e ministros conservadores rezaram no local em que são homenageados os mortos pela pátria em diferentes conflitos bélicos, entre eles 14 criminosos de guerra condenados à morte após a Segunda Guerra Mundial.

Entre os presentes estava o ministro de Assuntos Internos e Comunicações do governo conservador de Shinzo Abe, Yoshitaka Shindo, que rezou no local para que "tragédias semelhantes não voltem a ocorrer", afirmou.

Os parlamentares conservadores japoneses também visitaram em massa o local por ocasião do último aniversário da rendição japonesa, que ocorreu em 15 de agosto de 1945.

"As almas honradas são dos que sacrificaram suas vidas pelo país", declarou o senador Hidehisa Otsuji.

"Meu pai foi um deles", acrescentou.

Como a grande maioria dos presentes, Otsuji é membro do Partido Liberal-Democrata (PLD, direita conservadora), presidido por Abe.

Nesta mesma terça-feira, o primeiro-ministro japonês exortou a China a "respeitar o espírito" do acordo de 1972, no qual Pequim se comprometeu a não pedir reparação pelos danos causados pelo Japão na última guerra.

A visita dos políticos japoneses acontece dentro Festival de Primavera deste local de culto xintoísta, iniciado na segunda-feira e que dura três dias, e ocorreu na véspera da chegada a Tóquio do presidente Obama.

China e Coreia do Sul consideram que se trata de uma recordação do passado militarista japonês e lançam duras críticas quando o local é frequentado por personalidades políticas, afirmando que elas buscam atiçar o fogo da controversa situação atual de suas relações.

O próprio Abe enviou na segunda-feira uma árvore ao santuário, também por ocasião do Festival de Primavera.

Abe não visitou o templo, mas enviou ao local uma "masakaki", uma árvore considerada sagrada, indicaram na véspera a agência Jiji e outros meios de comunicação japoneses.

Esta oferenda da árvore leva os meios de comunicação e os especialistas a crer que Abe não comparecerá ao santuário nos próximos dias, como fez em dezembro para celebrar o primeiro aniversário de seu retorno ao poder.

Esta primeira visita de um chefe de Governo japonês desde 2006 irritou Pequim e Seul, cujas relações com Tóquio também estão minadas por disputas territoriais nos mares de China e Japão, e se converte em algo ainda mais delicado diante da chegada iminente de Obama à capital japonesa.

O presidente americano chegará na noite de quarta-feira a Tóquio e permanecerá até sexta-feira, como parte de um giro asiático no qual pedirá aos seus aliados japonês e sul-coreano que melhorem suas relações.

Indignação dos vizinhos

Na segunda-feira, a agência de notícias oficial chinesa Xinhua criticou o presente de Abe e o que chamou de "provocação".

"O presente de Abe não é mais do que uma bofetada" no presidente Obama, cuja administração deseja diminuir a tensão em uma região do mundo considerada prioritária por Washington.

"Nosso governo só pode lamentar o presente de Abe ao Yasukuni, que honra criminosos de guerra e glorifica as invasões e colonizações passadas por parte do Japão", criticou o ministério das Relações Exteriores sul-coreano.

Yasukuni, localizado no coração de Tóquio, honra os 2,5 milhões de japoneses mortos em diferentes conflitos, mas entre eles figuram os 14 criminosos de guerra mencionados, condenados à morte em 1945 pelos Aliados após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial.


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