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Estado de Minas

Governo turco aplica punição em massa contra a polícia


postado em 07/01/2014 12:22

O governo turco aplicou nesta terça-feira uma punição sem precedentes para tentar recuperar o controle da polícia, acusada de estar dominada pelo "Estado dentro do Estado", considerado responsável pelo escândalo político-financeiro que atinge o país.

Três semanas depois da operação anticorrupção que desencadeou a tempestade que atinge as mais altas esferas do Estado turco, o novo ministro do Interior, Efkan Ala, assinou um decreto oficial que destitui pelo menos 350 policiais em Ancara.

Esta operação se soma às sanções contra dezenas ou centenas de policiais que já foram impostas pelo governo desde o início deste caso, incluindo o prefeito de Istambul e muitos outros líderes provinciais, acusados de não terem advertido o poder político sobre a investigação que o ameaçava.

Nesta terça-feira, vários meios de comunicação turcos informavam sobre um número superior a 560.

Além desta limpeza da hierarquia policial, o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan lançou uma grande operação no seio da justiça, considerada também infiltrada pelo movimento do pregador muçulmano Fetullah Gulen, que vive na Pensilvânia (Estados Unidos) desde 1999.

O Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) de Erdogan, no poder desde 2002, assim como os "gullenistas", que contam com o apoio de uma base conservadora e religiosa, se uniram durante muito tempo para se impor na liderança do Estado turco.

No entanto, desde o início deste caso, Erdogan, que no domingo iniciou um giro de uma semana pela Ásia, acusou veladamente o movimento de Gullen de ter provocado a investigação da justiça sobre a corrupção.

Confrontos

No fim do ano passado, o movimento de Gullen rompeu definitivamente com o governo, que anunciou sua decisão de suprimir as escolas privadas, que fornecem grande parte dos fundos para o financiamento de seu movimento.

O confronto que há três semanas coloca em campos opostos o poder político e a justiça prosseguiu nesta terça-feira, com uma reunião em Ancara do Alto Conselho dos Juízes e Procuradores.

Também nesta terça-feira, os procuradores anticorrupção ordenaram uma operação em cinco cidades do país e detiveram 25 pessoas em outra etapa desta complexa investigação, iniciada no dia 17 de dezembro. Estas pessoas são suspeitas de fraude e corrupção à margem de licitações da empresa pública de ferrovias (TCDD), segundo os meios de comunicação.

Várias dezenas de empresários, executivos, funcionários de alto escalão e políticos, incluindo os filhos de dois ex-ministros, já foram acusados ou detidos no âmbito deste escândalo, que provocou a renúncia de três membros do governo e precipitou no Natal uma ampla remodelação governamental.


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