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Estado de Minas

Hollande viaja a Madri em busca de pontos comuns sobre união bancária


postado em 27/11/2013 17:25

O presidente francês, François Hollande, viajou a Madri nesta quarta-feira em busca de uma posição comum com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, antes de reuniões europeias determinantes sobre a união bancária.

Hollande e seu primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, chegaram com oito membros do governo francês à capital espanhola, onde se reuniriam com seus homólogos em um almoço de trabalho, antes da sessão plenária da 23ª cúpula franco-espanhola e de uma coletiva de imprensa conjunta.

Hollande deve repetir o pedido feito na semana passada em Roma, em acordo com o presidente do Conselho italiano, Enrico Letta, para "fazer do crescimento do emprego, da estabilidade, o centro (das) decisões da cúpula europeia do mês de dezembro".

A França aconselha a adoção este ano pelos 28 países de um mecanismo de resolução das insuficiências bancárias e a recapitalização direta das entidades com dificuldades.

Depois de obter o apoio de Letta, Hollande viajou a Madri em busca do apoio do conservador Mariano Rajoy, que também pede, há tempos, uma união bancária.

Esta ideia surgiu em junho de 2012 com a constatação da situação na Espanha, "encerrada na espiral negativa" de sua dívida soberana e da necessidade de reestruturar o setor bancário.

Outro tema europeu na ordem do dia é o crescimento econômico. Como há uma semana em Roma, Hollande deve defender que a zona do euro disponha de "capacidade financeira" para apoiar investimentos de grande envergadura ou políticas de crescimento.

A Espanha, que realizou "um ajuste muito duro" de suas finanças públicas a custa de um desemprego endêmico, se prepara para enfrentar "um problema importante de crescimento a longo prazo e portanto, estaria interessada em dispor de uma capacidade de investimento suplementar na zona do euro", observa Paris.

A quarta economia da zona do euro acaba de sair de dois anos de recessão e de voltar ao crescimento, que foi de 0,1% no terceiro trimestre, muito tímido para permitir amenizar o nível de desemprego em 25,98%.

Para encerrar esta agenda europeia, os dirigentes franceses e espanhois devem evocar a proposta francesa de um "governo econômico" da zona euro e um presidente permanente do Eurogrupo. Uma de suas missões consistiria em buscar a coordenação das políticas econômicas dos Estados membros.

O desemprego e, sobretudo, o dos jovens, também estará no centro das discussões com uma iniciativa europeia de 6 bilhões de euros em dois anos, dos quais, quase um terço deve ser destinado à Espanha.

Mais de um de cada dois jovens espanhóis (54,39%) está desempregado e Madri "deseja que os instrumentos europeus sejam usados com mais eficácia", disseram em Paris.

A imigração ilegal, a defesa e outros temas bilaterais como os grandes clássicos das cúpulas franco-espanholas, - a luta antiterrorista contra a organização armada independentista basca ETA, mas também contra as redes islamitas, o tráfico de drogas, as interconexões ferroviárias, marítimas e energéticas -, figurarão também na agenda do encontro.

No dia 15 de dezembro deve ser inaugurada a linha de alta velocidade Paris-Barcelona, um percurso de 06H20, sem transferência.

A sorte do fabricante de eletrodomésticos FagorBrandt, filial francesa do grupo basco Fagor, em situação de liquidação judicial, será provavelmente abordado por Arnaud Montebourg, ministro francês da Indústria.

É possível que Hollande e Rajoy o examinem também, disse o Eliseu. O grupo emprega 5.700 pessoas, 1.800 delas na França, mas sua recuperação é pouco provável.


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