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Estado de Minas

ENTREVISTA AFP: 'Tratem bem quem vem aqui', pede Diretor do COL aos manifestantes


postado em 12/11/2013 16:40

O diretor-executivo do Comitê Organizador da Copa do Mundo do Brasil-2014 (COL), Ricardo Trade, tem um recado claro para os eventuais manifestantes que pretendem sair às ruas durante a competição: "Que protestem pelo que vocês acham justo (...), mas tratem bem quem vem aqui".

Segue uma entrevista do dirigente à AFP, sobre diversos temas relativos ao evento que deve receber cerca de 600.000 turistas no país no ano que vem.

- Como os protestos dos últimos meses afetaram a organização da Copa do Mundo?

Ninguém esperava os protestos durante a Copa das Confederações, não esperávamos tamanhas manifestações. Mas os governos, municipal, estadual e federal, fizeram o papel deles, o de colocar em prática a garantia dada à Fifa de que dariam segurança, preservariam o direito de ir e vir das pessoas. Foi isso que aconteceu durante a Copa das Confederações, independentemente dos protestos, que são manifestações democráticas, em um país democrático. Se vai ter ou não protestos não temos a mínima ideia. Acredito que os protestos extrapolam a Copa do Mundo, eles vão continuar a existir, pois exigem melhorias em setores como saúde, segurança, escolas, educação, são anseios legítimos. A gente pede a todos que venham ao Brasil porque o clima vai ser de tranquilidade, não tenham dúvida disso. (...) Uma pesquisa recente aponta que mais de 70% da população é favorável à Copa.

-Qual seria seu recado para aqueles que protestaram contra os gastos públicos em obras da Copa do Mundo?

"As manifestações são democráticas, são extremamente bem-vindas em um país democrático como o nosso. Claro que a gente gostaria de reiterar a posição de todos, demonstrada nas pesquisas, de que o brasileiro não quer a violência. Que protestem pelo que vocês acham justo e é justo, quer dizer, o Brasil está crescendo e precisa melhorar a desigualdade social, seja lá o que for, mas não esqueçam que estamos trazendo um evento muito interessante para o nosso país. Tratem bem quem vem aqui. É muito importante não misturar o tratamento as pessoas que vão vir aqui".

-Como o recente cancelamento do Soccerex, maior feira de negócios do futebol, afeta a organização da Copa?

"Não afeta em nada porque a Copa das Confederações, assim como o reveillon a cada ano e os carnavais na Bahia, no Rio de Janeiro e Recife, e a Jornada Mundial da Juventude são provas inequívocas que nós somos capazes de organizar e receber bem todo mundo que vem nos visitar".

- A Copa terá um número recorde de 12 cidades-sede espalhadas em um território imenso. O transporte é o maior desafio?

"Os grandes desafios que a gente tem são as grandes distâncias, a logística, e também o fato de precisar tratar com 12 governos estaduais, 12 governos municipais. Isso não é uma tarefa fácil. Participamos de grupos de trabalho com os governos para receber bem os espectadores. O plano inclui (...) o governo trabalhando com as companhias aéreas para estabelecer a demanda por voos diretos (....) para resolver a situação de deslocamento dos torcedores entre cidades como Manaus e Cuiabá. As companhias aéreas já mostraram interesse porque, se houver demanda, elas com certeza vão disponibilizar esses voos diretos".

- Será que o preço exorbitante da hospedagem e do transporte corre o risco de espantar turistas?

"O Governo Federal estabeleceu uma comissão há duas semanas para estudar a questão dos preços das passagens aéreas e hospedagem e dialogar com os setores privados que tomam conta desse setor para garantir o maior controle sobre isso. À parte, acredito que o Brasil precisa ter melhor nível de serviço, melhores preços para receber os turistas. O Rio de Janeiro é muito caro em hotelaria, mas durante muito tempo não havia investimentos em hotéis novos no Rio. Agora, com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, aqui nesta região temos hotéis novos sendo construídos. Com isso, aumenta-se o número de quatros disponíveis e assim o preço tende a cair porque você passa a ter mais oferta de quartos".

- Quais são os estádios mais atrasados. A Arena Pantanal, de Cuiabá?

"Não, acredito que não. Nosso engenheiros e arquitetos nos dizem que teremos a entrega de todos os estádios no dia 31 de dezembro, com algumas obras de contingência que ficarão prontas até o fim de janeiro. Temos total confiança nas 12 cidades-sede. Faltam seis, estamos atentos, visitamos as obras o tempo todo".

- Quais são as obras de contingência que não ficarão prontas no prazo?

"As arquibancadas temporárias do estádio de São Paulo, por exemplo".

- Que nota daria à organização da Copa das Confederações?

"É difícil dar números, mas daria 8,5. Podemos melhorar um ponto e meio para entregar uma belíssima Copa do Mundo.

- O que pode ser melhorado?

"A entrega tardia dos estádio da Copa das Confederações, que não foi da nossa responsabilidade (...) Acabou atrasando a abertura do centro de credenciamento, os voluntários não puderam tomar conhecimento do estádio a tempo, e as concessões para fornecimento de alimentos foram realizadas em cima da hora porque estádios não estavam prontos. Também faltaram voluntários falando mais idiomas. Estamos investindo para que isso melhore durante a Copa.


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