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Estado de Minas

Damasco vai a Genebra


postado em 27/05/2013 00:12 / atualizado em 27/05/2013 08:05


Beirute/Damasco – Damasco manifestou ontem a sua intenção de participar da conferência internacional Genebra 2, para reunir a oposição e o regime sírios e tentar encontrar uma solução para o conflito no qual o Líbano acaba de ser envolvido. O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mouallem, declarou ter comunicado “ao primeiro-ministro iraquiano e a Hoshyar Zebari, chefe da diplomacia iraquiana, a decisão de participar, a princípio, da conferência internacional que deve ocorrer em Genebra”. “Acreditamos que esta conferência internacional será uma boa oportunidade para encontrarmos uma solução política para a crise na Síria”, acrescentou.
A proposta foi feita por Washington e Moscou e está prevista para ser realizada em 15 de junho. Em Istambul, a reunião da Coalizão Nacional Opositora síria foi prorrogada para que os debates sobre a eventual conferência de Genebra 2 sejam mantidos.
A Rússia, principal aliada do regime, também confirmou ter chegado a um acordo com Damasco para que o regime participe. O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, expressou ontem sua esperança no avanço do projeto da conferência internacional. “Receberei segunda-feira (hoje) à noite meus colegas norte-americano e russo e iremos discutir a preparação da conferência internacional”, declarou Fabius. “Parece-me que do regime de Bashar al-Assad alguns nomes já foram apresentados para representar Damasco na mesa de negociações”, acrescentou, manifestando seu desejo de que a Coalizão Opositora síria, reunida em Istambul, “possa fazer o mesmo”.
Neste clima, o Líbano está cada vez mais envolvido no conflito na Síria, onde o Hezbollah libanês luta há uma semana ao lado das tropas do regime para recuperar o controle da cidade estratégica de Quousseir (Oeste) – a organização afirma que controla 80% da cidade, o que os rebeldes contestam. Ontem, quatro pessoas ficaram feridas na queda de dois foguetes na periferia sul de Beirute, reduto do movimento xiita Hezbollah, segundo uma fonte da segurança. O presidente libanês, Michel Sleimane, afirmou que “os autores desse ataque são terroristas e vândalos que não valem a paz e a estabilidade para o Líbano e os libaneses”. Os ataques ocorrem no dia seguinte ao discurso do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que prometeu sábado à noite a vitória na guerra na Síria, onde seu movimento combate os rebeldes, ao lado do Exército de Bashar al-Assad.

MORTES Em Trípoli, maior cidade do Norte do Líbano, os combates entre partidários e opositores ao presidente sírio foram travados na madrugada de ontem. Ali, 31 pessoas, entre elas três soldados, morreram em sete dias de confrontos, segundo o governo libanês. O Líbano está dividido entre partidários do regime, liderados pelo Hezbollah xiita, e aqueles hostis a Damasco, com o ex-primeiro-ministro sunita Saad Hariri à frente.


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