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Estado de Minas

Bernanke: ajustar política monetária ameaçaria a recuperação americana


postado em 22/05/2013 15:22

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, declarou nesta quarta-feira no Congresso que ajustar de forma "prematura" a política monetária flexível estimulada pela instituição representaria riscos "substanciais" de desaceleração nos Estados Unidos.

"Um ajuste prematuro da política monetária poderia levar as taxas de juros a subir temporariamente, mas também representaria o risco substancial de desacelerar ou deter a recuperação econômica e causaria um retrocesso adicional da inflação", disse Bernanke na Comissão Econômica conjunta do Congresso.

O presidente do Fed, afirmou que o Comitê de Política Monetária (FOMC) é consciente dos custos e dos riscos de manter as taxas de juros em um mínimo histórico de entre 0 e 0,25% desde 2008.

Os defensores de uma política mais contracionista, incluindo alguns membros do FOMC, mostraram preocupações de que a política monetária expansiva do banco central esteja gere um surto de inflação, se o Fed não cortar agora a liquidez que injeta aos mercados.

O Fed tem como meta uma inflação de 2%, ainda longe de ser alcançada.

O Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) disse ser "consciente de que um longo período de baixas taxas de juros implica riscos e custos".

"Reconhecendo as desvantagens de ter taxas baixas persistentes, o FOMC busca ativamente as condições econômicas que sejam consistentes com taxas de juros mais altas", disse.

"Infelizmente, seria pouco provável que desativar a política ultraflexível nesta conjuntura produzisse estas condições", defendeu Bernanke.

Bernanke destacou a persistente fragilidade da economia, especialmente o alto desemprego e os cortes dos gastos públicos federais.

Ele indicou que o crescimento econômico segue a um "ritmo moderado" (2,5% no primeiro trimestre na projeção anual), ao mesmo tempo em que o emprego continua frágil, apesar da melhora.

O presidente do Federal Reserve disse aos legisladores que o mercado de trabalho mostrou sinais de melhora, com uma criação de emprego média de 200.000 novos postos a cada mês, apesar de a taxa de desemprego continuar em um nível elevado de 7,5%, segundo os dados oficiais de abril.

Neste sentido, Bernanke destacou que o número de desempregados de longa duração continua sendo alto e que 8 milhões de pessoas continuem trabalhando em tempo parcial, podendo ter jornada completa.

As fragilidades justificam a política agressiva do Fed de compra de títulos, destinada a manter as baixas taxas de juros a longo prazo, disse.

O Fed injeta, com este sistema, 85 bilhões de dólares por mês no circuito financeiro.

As declarações de Bernanke impulsionaram as bolsas norte-americanas e os mercados acionários europeus, também ajudando o euro, apesar da maior parte do lucro ter se diluído nas operações posteriores.

Por volta das 13h00 de Brasília, o principal índice de Wall Street, o Dow Jones, subia 0,71% (+109,43 pontos) a 15.497,01 unidades e o tecnológico Nasdaq 0,54% (+18,93 unidades) a 3.521,05 unidades.

O índice ampliado Standard & Poor's 500 subia 0,68% (+11,32 unidades) a 1.680,48 pontos.

Para o especialista Gregori Volokhine, de Meeschaert Capital Markets, as declarações de Bernanke trouxeram "poucas surpresas", apesar de destacar que "o mercado gosta disso".

No entanto, Chris Low disse que, como a taxa de desemprego continua longe de um nível satisfatório e que a mudança da política monetária está intimamente ligada a este indicador, é difícil prever uma mudança de rumo iminente.


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