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Estado de Minas

Congresso mundial judaico é realizado sob forte esquema de segurança na Hungria


postado em 05/05/2013 15:07

O Congresso Mundial Judaico (WJC, siglas em inglês) inicia sua 14ª assembleia geral em Budapeste, neste domingo, protegido por um esquema de segurança excepcional montado pelas autoridades húngaras, no momento em que o país é palco de manifestações antissemitas.

Jornalistas e fotógrafos da AFP no local constataram que as ruas vizinhas ao Hotel Intercontinental - onde a conferência será realizada ao longo de três dias - tinham sido fechadas pela polícia. As restrições de trânsito e proibição de estacionamento permanecerão em vigor até 8 de maio.

Após o recente ataque em Boston, nos Estados Unidos, onde as bombas foram escondidas em latas de lixo, a polícia húngara retirou todas as lixeiras que estavam posicionadas nas redondezas doo hotel.

"Muitos de nós não queriam vir, não estamos acostumados a organizar uma conferência sob proteção policial. Esses dias se foram, mas queríamos mostrar solidariedade para com a comunidade judaica na Hungria, que é uma das maiores comunidades de judeus na Europa, com mais de 100.000 pessoas. Ao mesmo tempo, queremos enviar uma mensagem muito forte aos políticos e, em particular, ao primeiro-ministro e ao Governo húngaro", declarou à AFP Serge Cwajgenbaum, presidente do Congresso Judaico Europeu (EJC).

Incidentes antissemitas foram registrados na Hungria em 2012 e os organizadores do WJC esperam que Budapeste adote medidas: "Precisamos de uma mudança, esta é a mensagem que trazemos hoje", indicou Cwajgenbaum.

Segundo ele, a maneira mais eficaz de lutar contra o antissemitismo é uma legislação eficaz. "Legislar, legislar e legislar: estamos em um estado de direito e não podemos tolerar movimentos com lemas da época do fascismo neste país, também não podemos tolerar que organizações políticas de manifestem de uma forma abertamente antissemita e xenófoba", observou.

"Necessitamos de leis mais rigorosas, como as recentemente adotadas na Grécia, onde o governo grego decidiu proibir manifestações antissemitas e alertar os deputados da extrema-direita de que eles podem perder a sua imunidade e ser convocados para responder na Justiça por seus atos. É este tipo de legislação que esperamos para este país", acrescentou Cwajgenbaum.

O primeiro-ministro húngaro, o conservador Viktor Orban, fará um discurso na noite deste domingo diante dos 500 delegados do congresso, e nas presenças de Silvan Shalom, ministro israelense da Energia, e de Peter Feldmayer, presidente da Associação de Comunidades Judaicas da Hungria (Mazsihisz).

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Hungria apoiou o governo nazista de Adolf Hitler na Alemanha. De 500.000 a 600.000 judeus húngaros morreram no Holocausto.


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