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Estado de Minas TERROR EM BOSTON

FBI aprofunda investigação sobre explosões, mas tem poucas respostas

Explosivos continham material caseiro e foram armazenados dentro de panelas de pressão, com pedaços de metal, pregos e bolinhas de chumbo, o que causou mais ferimentos às vítimas


postado em 17/04/2013 00:12 / atualizado em 17/04/2013 07:14

Boston – A investigação da polícia federal norte-americana (FBI, na sigla em inglês) sobre as explosões que deixaram três mortos e mais de 170 feridos perto da linha de chegada da Maratona de Boston intensificou-se, com autoridades entrevistando testemunhas e examinando o que um funcionário local qualificou como "a mais complexa cena de crime" da história da cidade. O FBI e a polícia de Boston se negaram a revelar detalhes da investigação e se as explosões estariam relacionadas a extremistas estrangeiros ou americanos. Analistas ouvidos pelo jornal Boston Globe sugerem que o atentado foi obra de terror interno e não de uma rede internacional de terroristas.


Numerosas teorias e pistas na investigação estão sendo avaliadas, disseram fontes policiais, mas no momento não há nenhuma ligação particularmente forte ou teoria que está sendo perseguida.

Uma equipe de cerca de 30 especialistas em bomba e cães farejadores vasculhou a área – a linha de chegada da famosa maratona –, enquanto as autoridades pediam à população que entrasse em contato, caso tivesse alguma informação importante. "Vai levar muitos dias para processar este cenário", comentou Gene Marquez, agente especial encarregado do Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos em Boston. Segundo o agente Richard DesLauriers, encarregado da investigação, até o momento nenhum grupo ou indivíduo assumiu a autoria do ataque, mas cerca de 2 mil denúncias foram recebidas e estão sendo avaliadas.

A polícia informou que a área foi varrida duas vezes antes da maratona e nenhum explosivo foi encontrado. Investigadores federais determinaram que os explosivos usados no atentado eram bombas de fabricação rústica. Elas consistiam em panelas de pressão cheias de pólvora, pregos e bolinhas de chumbo, detalhou o deputado Michael McCaul, presidente da comissão de segurança interna da Câmara dos Representantes dos EUA.

As equipes de resgate e os médicos que trataram das vítimas relataram que as bombas parecem ter dispersado fragmentos de pregos e de metal, causando ferimentos, sobretudo, na parte inferior do corpo, o que incluiu vários casos de amputação. "Há uma variedade de objetos pontiagudos que nós encontramos nos corpos", disse o chefe do departamento de cirurgia do trauma do Hospital Geral de Massachusetts, George Velmahos. "Provavelmente, essas bombas tinham múltiplos fragmentos metálicos nelas. Removemos pregos e estilhaços", acrescentou.

A imprensa local disse que a polícia vasculhou um apartamento na localidade de Revere, a cerca de 10km de Boston. Katherine Gulotta, porta-voz do FBI – a polícia federal dos EUA, que comanda a investigação –, não confirmou nem negou essa notícia. Na noite de segunda-feira, a polícia revistou um apartamento na área de Boston de um estudante da Arábia Saudita que foi ferido na explosão, informaram fontes policiais. Fontes policiais relataram que as provas indicavam que o estudante saudita, que havia sido temporariamente considerado uma "pessoa de interesse" na investigação, seria inocentado de suspeitas e dificilmente lançaria alguma luz sobre o atentado.

Além de ter provocado o reforço da segurança em diversas grandes cidades dos EUA, o ataque levou França, Reino Unido e Rússia a elevarem o nível de segurança em grandes eventos e próximo a edifícios públicos. No Reino Unido, as operações de segurança foram intensificadas para o funeral da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher. A polícia britânica também revisou os planos de segurança para a Maratona de Londres, que deve ocorrer domingo. Na Rússia, os organizadores do Campeonato Mundial de Atletismo em Moscou dizem que vão reforçar a segurança no local. O governo francês ordenou que intensificassem as patrulhas policias e a segurança nos arredores de edifícios públicos. "Novas medidas de precaução foram tomadas sem pânico ou dramatização", disse o ministro do Interior, Manuel Valls.

 

 


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