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Estado de Minas

Coreia do Sul ameaça com represália no caso de provocação do Norte


postado em 01/04/2013 07:55 / atualizado em 01/04/2013 08:05

 

"Acredito que devemos executar uma represália enérgica e imediata", disse Park Geun-hye (foto: KIM JAE-HWAN / POOL / AFP)

 A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, ameaçou nesta segunda-feira com uma "enérgica" represália a qualquer provocação da Coreia do Norte, com o respaldo dos Estados Unidos, que enviou caças F-22 à península em um momento de grande tensão com o regime norte-coreano.

 No sábado, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul. As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, pois a Guerra da Coreia de 1950-53 terminou com um armistício, e não com um tratado de paz.

 A presidente sul-coreana, líder dos conservadores e falcões do país, se reuniu com altos oficiais das Forças Armadas e com o ministro da Defesa, Kim Kwan-jin. Park disse que leva a sério as ameaças diárias do Norte.

 "Acredito que devemos executar uma represália enérgica e imediata, sem nenhuma outra consideração política se (a Coreia do Norte) protagonizar qualquer provocação contra nosso povo", disse.

 O ministro da Defesa afirmou que Seul executará, em caso de necessidade, ataques preventivos contra as instalações nucleares e militares norte-coreanas.

 "Nós realizaríamos rapidamente o que se chama de 'dissuasão ativa' para neutralizar as ameaças nucleares e balísticas do Norte", advertiu.

 A tensão na Península Coreana é grande desde dezembro, quando o Norte executou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.

 Depois, Pyongyang executou em fevereiro o terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU. A escalada não cessou desde então.

 Park, uma política conservadora que defendeu uma relação de compromisso cauteloso com o Norte durante a campanha eleitoral, passou a adotar uma linha mais dura desde que assumiu o poder em fevereiro, pouco depois da Coreia do Norte executar seu terceiro teste nuclear.

 As tensões militares entre as duas nações aumentaram de maneira dramática nas últimas semanas, quando a Coreia do Norte intensificou a retórica belicista contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.

 Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.

 Os governos da Coreia do Sul e Estados Unidos já alertaram Pyongyang sobre as severas repercussões de qualquer agressão. Washington enviou à região bombardeiros B-52 e B-2, com capacidade de cargas nucleares, assim como caças F-22.

 Uma fonte das forças americanas informou que caças F-22 Raptor chegaram no domingo a Coreia do Sul para participar nos exercícios anuais "Foal Eagle", que prosseguem até 30 de abril.

 No domingo, o líder norte-coreano Kim Jong-un presidiu uma reunião do comitê central do partido único, o Partido do Trabalho. O comitê decidiu que o direito de possuir armas nucleares "deverá estar inscrito na lei" e que seu arsenal será melhorado "em qualidade e em quantidade".

 No sábado, a Rússia pediu às duas Coreias e aos Estados Unidos "mais responsabilidade e moderação".

 O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, destacou que Washington não se deixará intimidar pelas ameaças bélicas de Pyongyang e está preparado para enfrentar "qualquer eventualidade".


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