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Estado de Minas

Lugo diz que acatará julgamento político do Senado


postado em 22/06/2012 14:54 / atualizado em 22/06/2012 17:21

Fernando Lugo declarou que vai acatar a decisão do senado, mas que vai buscar outras formas de resistência, caso seja destituído (foto: REUTERS/Lucas Nunez)
Fernando Lugo declarou que vai acatar a decisão do senado, mas que vai buscar outras formas de resistência, caso seja destituído (foto: REUTERS/Lucas Nunez)

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, ameaçado de ser destituído, afirmou nesta sexta-feira à Rádio 10 argentina que acatará o julgamento político votado no Senado, mas advertiu que vai estimular uma resistência "a partir de outras instâncias organizacionais".

"É preciso acatá-lo (o julgamento político), é um mecanismo constitucional, mas a partir de outras instâncias organizacionais certamente decidiremos impor uma resistência para que o âmbito democrático e participativo do Paraguai vá se consolidando", afirmou Lugo.

O ex-bispo de 61 anos, eleito em 2008, apresentou nesta sexta-feira uma ação de inconstitucionalidade à Suprema Corte de Justiça contra o processo de impeachment votado na véspera pela Câmara dos Deputados, anunciou o seu advogado.

"Não é mais um golpe de Estado contra o presidente, é um golpe parlamentar disfarçado de julgamento legal, que serve de instrumento para um impeachment sem razões válidas que o justifiquem", assegurou o chefe de Estado.

Ele afirmou ainda ter recebido ligações de apoio de seus homólogos Hugo Chaves, da Venezuela, Rafael Correa, do Equador, Evo Morales, da Bolívia, assim como de Dilma Roussef e de Cristina Kirchner, da Argentina.

"O Paraguai deve saber que não é uma ilha e que o processo de integração baseia-se em compromisso mútuo", argumenta.

Na quinta-feira à noite, os oito principais ministros das Relações Exteriores da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) chegaram ao Paraguai com a missão de defender o presidente Lugo.

Lugo, que acaba de ser tratado de um câncer no sistema linfático, já anunciou que não irá se candidatar às eleições de abril de 2013. Anteriormente conhecido como o "bispo dos pobres", foi eleito com o apoio de uma coalizão de partidos, principalmente de esquerda.


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