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Estado de Minas

Pai e filho são condenados a mais de nove anos de prisão por atentado contra promotor

Crime aconteceu em fevereiro de 2015, em Monte Carmelo, na Região do Alto Paranaíba. O julgamento durou aproximadamente 15 horas


postado em 30/03/2017 14:20 / atualizado em 30/03/2017 21:35

Promotor foi atingido por três tiros depois de sair da Promotoria de Justiça de Monte Carmelo(foto: Unitri/Divulgação)
Promotor foi atingido por três tiros depois de sair da Promotoria de Justiça de Monte Carmelo (foto: Unitri/Divulgação)

Foram condenados a nove anos e quatro meses de prisão pai e filho acusados de praticar atentado contra o promotor de Justiça Marcus Vinicius Ribeiro Cunha, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O crime aconteceu em fevereiro de 2015, em Monte Carmelo, na Região do Alto Paranaíba, porém, o julgamento ocorreu no Fórum Abelardo Penna, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

O crime aconteceu há dois anos, quando Marcus Vinícius saía da Promotoria de Justiça de Monte Carmelo. As investigações indicaram que o ataque foi motivado por vingança. Juliano Aparecido de Oliveira, autor dos disparos, disse, ao ser preso pela polícia, que tentou matar o promotor por ele ter sido um dos responsáveis pela investigação que culminou com a cassação do mandato de seu pai, também acusado pelo crime, o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal do município, Valdelei José de Oliveira.

Juliano foi preso na casa da irmã da sua companheira, em pleno churrasco, na cidade próxima de Romaria. Ele foi para a comemoração depois de descarregar 15 tiros no promotor, dos quais acertou três, sendo dois nas costas e um no braço.

O julgamento dos acusados começou na tarde dessa quarta-feira e se estendeu até a madrugada desta quinta-feira. Durou aproximadamente 15 horas. Juliano Oliveira voltou a confessar o crime. Durante o júri, afirmou que a motivação seria uma suposta perseguição do promotor ao pai dele. Mas informou que Valdelei não sabia de sua intenção de promover o atentado. O pai dele negou o crime.

O promotor Marcus Vinícius estava na comarca de Monte Carmelo desde 2010. Em 2013, comandou a operação Feliz Ano Novo, que teve como objetivo desmontar esquema de fraudes em licitações e desvio de dinheiro público na Prefeitura e na Câmara Municipal de Monte Carmelo. O ex-presidente da Câmara figurou como um dos investigados, tendo sido afastado, por ordem judicial, do cargo de vereador.

Pai e filho foram condenados por tentativa de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

 

(RG) 


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