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Estado de Minas

Paciente do primeiro transplante duplo no interior de MG celebra a 'vida nova'

Adrelina Francisco Raposo recebeu rim e fígado em cirurgia que durou nove horas na Santa Casa de Montes Claros e já sonha em conhecer o mar. %u201CEstou feliz demais. Se pudesse, sairia voando%u201D, brinca


postado em 16/01/2017 21:32 / atualizado em 16/01/2017 21:44

A dona de casa Adrelina Francisco Raposo, de 56 anos, de Montes Claros (Norte de Minas), ganhou vida nova ao passar por um procedimento inédito no interior de Minas Gerais: ela recebeu dois órgãos em uma mesma cirurgia de transplante, o rim e o fígado. A cirurgia do transplante duplo foi realizada na Santa Casa de Montes Claros, onde Adrelina continua em recuperação e passa bem, sem se verificar a rejeição pelo organismo. Ela deverá receber alta amanhã. “Ganhei uma nova vida”, disse a mulher, entrevistada pelo Estado de Minas na tarde desta segunda-feira. Ela disse que assim que sair do hospital vai aproveitar a vida viajando e que pretende realizar o sonho de conhecer o mar.

 

A cirurgia foi realizada pelo médico Luiz Fernando Veloso. Ele aprimorou os conhecimentos sobre transplantes ao concluir doutorado em Gastroenterologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Veloso participou de estudos sobre transplante de fígado desenvolvidos por meio de convênio entre a UFMG e a Universidade de Rennes (França).

 

De acordo com Luiz Fernando Veloso, a paciente era portadora de cirrose hepática, diabetes e hipertensão, doenças irreversíveis, que levaram à necessidade de substituição do rim e do fígado. O procedimento, realizado no dia 4, durou nove horas. Os órgãos foram captados na região.

 

“Ganhei realmente uma nova vida. Agradeço muito a Deus e aos médicos, Antes, eu andava desanimada. Não tinha vontade de comer e achava que não tinha motivo para sorrir. Agora me sinto outra pessoa. Estou feliz demais, se pudesse, sairia voando”, afirmou Adrelina ontem, ainda internada na Santa Casa de Montes Claros. Mãe de cinco filhos, ela é viúva e vive da pensão deixada pelo ex-marido, que era operário da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

 

A transplantada disse que ficou feliz por também voltar a ter uma alimentação normal. “Estou sentindo mais o gosto dos alimentos”, disse. Adrelina informou que ficou na fila do transplante por dois anos e um mês e agora, após o sucesso da cirurgia, quer aproveitar a vida da melhor forma possível. “Assim que sair do hospital, pretendo viajar, sair por aí, passear bastante. Também quero ir à praia”, afirmou a dona de casa, confessando que não nunca esteve diante do mar. A praia mais próxima de Montes Claros fica em Porto Seguro (BA), a 850 quilômetros de distância.


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