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Estado de Minas

Minas tem mais de meio milhão de casos prováveis de dengue e 247 mortes em 2016

Secretaria de Estado de Saúde (SES) lançou campanha de combate ao Aedes aegypti visando à diminuição do número de casos da dengue, zika e chikungunya em 2017


postado em 14/12/2016 16:43 / atualizado em 14/12/2016 22:29

Governo de Minas apresentou campanha contra o mosquito Aedes aegypti(foto: Marcus Ferreira)
Governo de Minas apresentou campanha contra o mosquito Aedes aegypti (foto: Marcus Ferreira)

A aliança entre a população e as prefeituras dos municípios é a aposta da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para combater o mosquito Aedes aegypti em 2017. Neste ano, o estado viveu sua pior epidemia de dengue, zika e chikungunya, da história. Somente da dengue, já foram registrados mais de meio milhão de casos prováveis da doença, que envolve as notificações confirmadas e suspeitas, e 247 mortes. Para tentar evitar novamente a disparada das três enfermidades, o Estado lançou a Campanha de Enfrentamento ao mosquito transmissor, cujo objetivo central é mobilizar os moradores de cada cidade mineira.

Neste ano, foram investidos aproximadamente R$ 66 milhões para o combate ao Aedes aegypti. A verba foi distribuída aos municípios. Em novembro, já visando às ações para o ano que vem, foram destinados mais R$ 37 milhões para as cidades. O montante será utilizado para as ações dos agentes de endemias, como compra de bombas para jogar inseticida, de carros e de combustível, capacitação, além de deslocamento das equipes, entre outros.

“É uma ação que precisa do envolvimento dos governos federal, estadual e dos municípios, em um trabalho conjunto com a população. Até então, em 2016, é nossa maior epidemia, com mais de meio milhão de casos prováveis de dengue. Estamos vivendo um cenário diferente hoje, que é a circulação simultânea dos três vírus”, explicou o subsecretário de vigilância e proteção à saúde de Minas Gerais, Rodrigo Said.

O objetivo da campanha é mobilizar a população a combater o mosquito Aedes aegypti e orientar as prefeituras das cidades. De acordo com o subsecretário, a maioria dos focos estão dentro dos domicílios. “O principal deles é fazer uma discussão com os municípios onde as ações são desenvolvidas para a implantação das diretrizes nacionais. Também vamos intensificar as atividades de mobilização com a população tendo em vista que 90% dos criadouros são interdomiciliares”, afirmou Said.

Balanço divulgado pela SES mostra a situação crítica que vive Minas Gerais com as três doenças. Já foram confimadas 247 mortes da dengue e outros 41 óbitos suspeitos estão sendo investigados. O número de casos prováveis da doença, que envolve os quatro sorotipos, já chega a 526.902. Em relação à zika, já são 15.135 notificações. A doença foi confirmada em 1.065 gestantes. Ao longo deste ano, a microcefalia foi observada em 220 recém-nascidos. Quatro desses casos foram associados ao vírus, 12 tiveram esse vínculo descartado e outros 137 permanecem em investigação. Minas Gerais também registrou 482 vítimas prováveis de febre chikungunya em 2016.

A grande preocupação para 2017 é a circulação simultânea de quatro tipos da dengue, além da zika e chikungunya. Para o subsecretário, a transmissão pode ser alta por causa da baixa resistência da população. "Neste momento, temos os quatro sorotipos da dengue circulando. O vírus zika teve introdução em Minas Gerais apenas no fim de 2015 e a febre chikungunya registrou transmissão autóctone apenas este ano. Nós ainda não temos proteção imunológica", afirmou Said,

RB


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