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Estado de Minas

Samarco e Ibama voltam a discutir contenção de rejeitos na Região de Mariana

A preocupação dos órgãos ambientais é devido a proximidade do período chuvoso


postado em 28/07/2016 16:39 / atualizado em 28/07/2016 18:14

Uma das preocupações é com a Usina Risoleta Neves que corre risco de se romper(foto: Túlio Santos/EM/D.A PRESS)
Uma das preocupações é com a Usina Risoleta Neves que corre risco de se romper (foto: Túlio Santos/EM/D.A PRESS)

A contenção dos rejeitos da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, foi o tema da reunião entre a Samarco, as suas controladoras Vale e BHP Billinton, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e outros órgãos, nesta quinta-feira. A preocupação é com o próximo período chuvoso, pois a lama de mineração pode causar mais danos ao meio ambiente e também romper a Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

A preocupação dos órgãos ambientais é devido a proximidade do período chuvoso. Quando a barragem de Fundão se rompeu, em 5 de novembro do ano passado, foram despejados 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos do meio ambiente. A tragédia, que deixou 19 mortos, é considerada a pior degradação ambiental do país.

O último relatório concluído pelo Ibama sobre as ações da Samarco na área mais degradada pela tragédia de Mariana traz uma preocupação. O documento, divulgado em 21 de julho, constata que ações importantes para o correto carreamento de rejeitos acumulados ao longo de 102 quilômetros entre a Barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, não foram implementadas. A situação coloca a barragem da usina em risco de rompimento, já que a estrutura sofre a pressão de 10,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos.

Representantes da Samarco e vários órgãos se reuniram no Ibama nesta quinta-feira(foto: Ibama/Divulgação)
Representantes da Samarco e vários órgãos se reuniram no Ibama nesta quinta-feira (foto: Ibama/Divulgação)


Em nota, o Superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belisário, mostrou preocupação com a situação. “Quando e como a Samarco conseguirá, definitivamente, controlar o vazamento de rejeitos da Barragem de Fundão. Essas são as respostas que queremos”, disse sobre a reunião. “Nós temos cerca de 30 milhões de metros cúbicos de rejeitos espalhados nos cerca de 102 km que vão de Bento Rodrigues até a Usina de Candonga. Com o início das chuvas se aproximando solicitamos, por exemplo, que a Samarco apresente um plano de contingência caso, na pior das hipóteses, aconteça o rompimento da usina”, completou.

Essa é a 3º reunião da Câmara de Rejeitos e Segurança Ambiental do Comitê Interfederativo do Rio Doce (CRSA/CIF), criado para fiscalizar e verificar as ações para reverter os danos da tragédia de Mariana. Além das empresas e do Ibama, participaram do encontro, consultores técnicos, integrantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), do Consórcio Candonga, Cemig, Agência Nacional de Águas (ANA).

Em nota, a Samarco informou que mensalmente as entidades envolvidas nas ações de recuperação e remediação dos impactos do rompimento da barragem discutem os projetos já em curso, além de melhorias e aperfeiçoamentos em suas execuções. A empresa negou que ainda há vazamento de rejeitos. “A Samarco reitera que não há vazamento de rejeitos de sua área de barragens e lembra que vem adotando um conjunto de medidas desde o rompimento da barragem de Fundão para impedir o carreamento de rejeitos para as águas dos rios, mesmo no período de chuvas. Entre as medidas estão a revegetação das margens dos rios, a construção dos diques de contenção, reforço das estruturas remanescentes, a construção de outras estruturas (Nova Santarém e Eixo 1) e a dragagem do reservatório da UHE Risoleta Neves (Candonga)”, disse.

Afirmou, ainda, que o trabalho de dragagem “foi intensificado no início deste mês” e “está dentro do cronograma”. A previsão é que a dragagem dos primeiros 400 metros seja concluída até junho de 2017, “o que permitirá a volta da operação da usina”. “A estabilidade da barragem da hidrelétrica já foi atestada dentro dos padrões de normas técnicas pelo Consórcio Candonga, responsável pela operação da usina", completou.


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