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Estado de Minas

Totens revelam a história das praças de Belo Horizonte

Prefeitura disponibiliza informações em português e inglês sobre áreas da capital mineira. Programação que já contemplou as praças Sete, ABC e da Savassi, ainda prevê peças de sinalização nas praças da Liberdade e da Estação


29/04/2016 06:00 - atualizado 29/04/2016 07:37

Sinalização já foi instalada pela Fundação Municipal de Cultura na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte(foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
Sinalização já foi instalada pela Fundação Municipal de Cultura na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte (foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
“Não sabia que o obelisco da Praça Sete esteve exposto na Savassi por quase duas décadas, de 1963 a 1980”, disse, surpreso, o vendedor Maurício Rodrigues, de 46 anos, enquanto lia a informação num totem  instalado pela Prefeitura de Belo Horizonte na Praça Diogo de Vasconcelos, no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo.


O totem faz parte de um projeto da Fundação Municipal de Cultura que, entre outros objetivos, resgata a história de praças da cidade. As peças medem cerca de dois metros de altura, são fixadas no chão, têm fotos antigas e informações em português e em inglês.

Além da Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, em alusão à padaria homônima que funcionou no local e deu origem ao nome da região, a ABC e a Sete de Setembro já receberam suas peças. A da Liberdade e a da Estação serão as próximas.

A arquiteta e restauradora Mariana Brandão, da Fundação Municipal de Cultura, explica que a ideia surgiu a partir do projeto Bahia revelada – sinalização interpretativa do patrimônio cultural de BH, por meio do qual a prefeitura instalou totens ao longo da rua homônima.

“Em conversa com a Belotur (empresa municipal de turismo), entendemos que alguns espaços, como praças e o Mercado Central, também são importantes para o turismo”, acrescentou Mariana, adiantando que a Praça Raul Soares também receberá um totem, mas numa fase posterior, quando o conjunto arquitetônico da Rua Olegário Maciel, do qual faz parte, for contemplado.

Os totens instalados nas praças fazem os mais antigos voltarem no tempo. No da Praça Sete, uma das fotos, em preto e branco, mostra a instalação do obelisco, apelidado de Pirulito e desenhado pelo arquiteto Antônio Gonçalves Gravatá. A obra foi construída em Betim, na Grande Belo Horizonte.

No princípio da década de 1960, o Pirulito foi transferido para a Praça da Savassi. Ficou lá por 17 anos e retornou diante da pressão popular. Mas a Praça Sete, como informa o totem, tem outras curiosidades. O nome original do lugar era Praça Doze de Outubro, alusão à chegada de Cristóvão Colombo (1451-1506) à América, em 12/10/1492.

O nome original foi alterado, em 1922, durante as festas em comemoração ao primeiro centenário da Independência do Brasil. Naquela época, a Praça Sete era o como era registrada a atual Coronel Benjamim Guimarães, em alusão à memória do industrial e banqueiro mineiro, no cruzamento da Afonso Pena com Getúlio Vargas.

Lá também foi instalado um totem. A Benjamim Guimarães é mais conhecida como Praça ABC, também em razão de uma padaria homônima que funcionou no lugar até 2010. O advogado Marcelo Armando, de 52, mora num arranha-céu no quarteirão vizinho. Ele achou curioso a história da área: “Nunca imaginei que aqui, um dia, foi a Praça Sete”.

A quatro quarteirões de lá, na Savassi, o totem instalado na Diogo de Vasconcelos traz outras curiosidades, além da presença do obelisco mais famoso do estado. O lugar, antes de ser batizado com o nome atual, era a Praça 13 de Maio, numa alusão à data do fim da escravidão no país.

MERCADO CENTRAL
Além das praças, a prefeitura também instalou um totem no Mercado Central, um dos pontos turísticos mais movimentados da capital. “Construído no local do antigo estádio do América Futebol Clube, o Mercado Municipal foi criado em 1929, em substituição ao velho mercado localizado próximo à Praça Rio Branco, onde atualmente é a rodoviária”, informa o totem. A justificativa para a mudança era a demanda por alimentos e a necessidade de ocupar aquela área da cidade.

 

 


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