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Estado de Minas

BH tem cinco bairros com o maior número de contaminados por dengue

A capital mineira lidera lista de incidência da doença entre as cidades de população superior a 1 milhão de habitantes


postado em 14/04/2016 06:00 / atualizado em 14/04/2016 07:17

Alerta em posto do Bairro Lindeia, considerado o mais preocupante: situação se agrava a cada dia(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Alerta em posto do Bairro Lindeia, considerado o mais preocupante: situação se agrava a cada dia (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

A dengue não escolhe endereço e faz vítimas em todas as regionais de Belo Horizonte. Mas, considerando os números coletados nos centros de saúde da capital, o Bairro Lindeia, na Regional Barreiro, é o que mais preocupa em quantidade de casos, com pelo menos 803 pessoas infectadas pelo Aedes aegypti. Na sequência aparecem os bairros Noraldino de Lima, na Regional Oeste, com 562 confirmações, São Geraldo (Leste), com 481, Salgado Filho (Oeste), com 473, e Regina (Barreiro), com 464. A capital aparece no topo da lista da dengue entre as cidades de população superior a 1 milhão de habitantes com maior incidência da doença (1.672 casos por 100 mil habitantes), segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. São mais de 25 mil pacientes com contágio confirmado e outros 54,9 mil em investigação na cidade, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

No Centro de Saúde Maria Madalena Teodoro, no Lindeia, uma faixa logo na entrada alerta a população quanto à infestação de mosquitos na região. Apesar de oficialmente a Secretaria de Saúde contabilizar 803 infectados por dengue no bairro, um cartaz na recepção, que tem os números atualizados todos os dias, mostra que o total já chega a 1.110 pessoas com contágio confirmado. Houve ainda um caso de febre chikungunya e um de zika, mas é a dengue que mais aflige os moradores.

O aposentado Antônio Paulo Santiago, de 68 anos, que ainda se recupera da doença contraída no início do mês, agora se preocupa com o filho, que está acamado. Ele e a esposa, a dona de casa Vanda Maria Alves Santiago, estiveram no centro de saúde na tarde de ontem para buscar os resultados dos exames e lamentam a situação. “Na minha casa, cinco pessoas tiveram dengue. Eu, minha mulher, minha filha, minha nora e agora meu filho”, diz Antônio, que mantém a casa livre de focos.

Na Rua Galdino, próxima ao centro de saúde, a dona de casa Vanessa Carla Moreira conta que o surto virou assunto da vizinhança. “Quando nos encontramos sempre surge a conversa sobre quem pegou dengue. É difícil encontrar alguém que não tenha sido picado pelo mosquito”, avalia. Na sua casa, outras cinco pessoas ficaram doentes. “Eu tive dengue e meu marido também. Agora minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho, que está no hospital se hidratando, estão doentes”, conta, lembrando que vários mutirões foram realizados nos últimos dias, quando os moradores colocaram lixo para ser retirado por caminhões da prefeitura.

Segundo a Secretaria de Saúde, nos mutirões em áreas de abrangência dos centros de saúde com maior incidência de casos, mais de 160 toneladas de lixo foram recolhidas. Um total de 66 toneladas no Barreiro, 49 toneladas no São Geraldo, 14 toneladas no Salgado Filho e 31 toneladas no Regina. Os números do Bairro Noraldino de Lima não foram informados. Além dos mutirões, a pasta informou que essas áreas também recebem vistorias de agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde. Entre os fatores que explicam o incremento no número de casos nessas regiões, a secretaria destacou a intensa presença do vetor, condições climáticas propícias, suscetibilidade da população (que ainda não teve a doença e fica exposta ao vírus) e os tipos de criatórios existentes nesses locais, como caixas-d’água e reservatórios ao nível do solo.


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