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Estado de Minas

"Não foi acidente", diz promotor sobre desastre ambiental em Mariana

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu inquérito para apurar as causas do rompimento de duas Barragens em Mariana. Já foram confirmadas as mortes de três pessoas e outras 24 seguem desaparecidas


postado em 09/11/2015 21:11 / atualizado em 10/11/2015 12:15

"Não podemos admitir que seja acidente um rompimento de um empreendimento de tamanha magnitude", afirma o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto (foto: Sandra Kiefer/EM/D.A.Press)

O inquérito em que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investiga a tragédia do rompimento das barragens em Mariana deve ser concluído em 30 dias. Mas o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, Coordenador da Promotoria do Meio Ambiente, considera que a empresa Samarco, responsável pelo desastre, tenha sido 'negligente'. “Não há fatalidade nisso. Não podemos admitir que seja acidente um rompimento de um empreendimento de tamanha magnitude. Por isso, considero que seja uma negligência”, afirmou. Já foi confirmada a morte de três pessoas e ao menos 24 estão desaparecidas.

Estão sendo apuradas quatro hipóteses: o cumprimento das condicionantes de licenciamento da Samarco, a explosão de uma mina da Vale próximo ao local, o possível abalo sísmico e se as obras de alteamento da barragem causaram o rompimento. “Estamos na fase de apurar quais são os fatos. Nenhuma barragem se rompe por acaso. Seguindo neste contexto, temos que identificar qual foi a causa; se de má operação da empresa ou falha no monitoramento. Não podemos encarar como acidente um fato deste tamanho”, enfatiza o promotor.

O Governo de Minas Gerais embargou as atividades da Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Agora, a empresa não poderá mais processar minério de ferro na barragem de Germano. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) confirmou a informação na tarde desta segunda-feira. A empresa só poderá retomar as atividades após a apuração e a adoção de medidas de reparo dos danos decorrentes do rompimento das duas minas na última semana.

De acordo com a Semad, o embargo ocorreu já na última sexta-feira. Todas as atividades da empresa na região estão suspensas. A Samarco está autorizada apenas a fazer ações emergenciais, ou seja, “aquelas voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos danos”, explicou a Secretaria. A Semad afirmou que a suspensão emergencial está prevista legalmente, para apurar as causas e consequências do evento para a saúde da população e para o meio ambiente.


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