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Estado de Minas

Carro de deputado é cercado por taxistas ao ser confundido com veículo do Uber na Grande BH

Deputado federal Laudívio Carvalho (PMDB/MG), que tem um projeto de lei que pretende impedir o funcionamento do aplicativo até a regulamentação, disse que foi cercado ao sair de um casamento em Nova Lima


postado em 28/09/2015 20:32 / atualizado em 28/09/2015 21:02

"Abordaram em uma forma meio hostil", diz o deputado federal Laudívio Carvalho (foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)

A disputa entre taxistas e motoristas do Uber ganhou mais um capítulo. Os condutores de táxi confundiram o carro do deputado federal Laudívio Carvalho (PMDB/MG) como o usado por integrantes do aplicativo de carona paga. O caso aconteceu na noite de domingo em frente a um salão de festas em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O parlamentar contou, nesta segunda-feira, que foi abordado por dois taxistas que o trataram de maneira hostil. O veículo não foi danificado. Por meio de um aplicativo, a categoria alertou os motoristas sobre o ataque contra o deputado e pediu para acabar com as investidas contra os condutores do Uber.

O deputado foi abordado pelos taxistas na saída de um casamento no Bairro Jardim Canadá. Ao deixar a festa, o veículo dele, onde estava o motorista particular, acabou parado. “Quando o motorista foi me buscar, por volta das 22h30, foi cercado por três taxistas. Quando me aproximei do meu carro, um deles me reconheceu e me cumprimentou. Os outros dois começaram a dizer que eu estava andando de Uber. Eu afirmei que era um carro particular e que era um empregado antigo meu”, conta Laudívio.

Mesmo com a explicação do deputado, os dois taxistas continuaram insinuando que o carro seria de um motorista do Uber. “Um deles chegou a dizer que já tinha visto o carro pegando passageiros na porta de festas na Pampulha. Só que o meu carro é novo, comprei há quatro meses”, comentou. A atitude dos taxistas surpreendeu o parlamentar, que é autor de um projeto de lei, que tramita na Câmara Federal, que pretende impedir o funcionamento do Uber até que seja regulamentada a atividade no Brasil.

“Como eu vou ficar defendendo os taxistas com essas atitudes? Sei que são apenas dois taxistas e que não representam todos. Eu ando muito com o meu carro e foi a primeira vez que aconteceu. Fui procurado pelo presidente do sindicato que me ligou assim que ficou sabendo da situação. Disse a ele que devia reunir e falar essas atitudes não leva ninguém a nada. Isso não vai agregar. Sorte que foi comigo que sou conhecido e conversei na boa”, afirma o deputado.

Nesta segunda-feira, um áudio foi enviado para grupos de taxistas nas redes sociais informando sobre o ataque ao deputado. Na gravação, uma pessoa conta que o deputado foi atacado e pede para dar fim aos ataques aos motoristas do Uber. “Quando ver o Laudívio Carvalho na rua, pelo amor de Deus. Não é da Uber não. Ele é nosso. Acabei de falar com ele agora e ele está nervoso. Está irritado”, comentou.

O em.com.br tentou contato com representantes do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários (Sincavir), mas as ligações não foram atendidas.


Regulamentação do aplicativo


O projeto de lei confeccionado ao fim de 40 dias pela comissão da Câmara Municipal de BH que avalia uma regulamentação para o setor de transportes não agradou as duas partes. A exigência de uso de mão de obra exclusiva de taxistas em aplicativos de conexão de passageiros e motoristas privados animou licenciados do transporte público individual e seus agregados, mas provocou a reação dos atuais condutores parceiros da Uber, que tiveram de investir em veículos, tecnologia e apresentação. Participaram das consultas para a confecção do projeto de lei, além dos vereadores, profissionais da BHTrans, da Polícia Militar, representantes dos taxistas e da Uber.


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