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Estado de Minas

Manifestantes detidos em protesto no Centro de BH são liberados após acordo

Grupo de aproximadamente 60 pessoas foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil depois de um conflito com a Polícia Militar. Secretaria de Direitos Humanos selou pediu a liberação dos ativistas


postado em 13/08/2015 08:50 / atualizado em 13/08/2015 14:03

Ver galeria . 46 Fotos Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press e Marcos Vieira/EM/D.A.Press
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press e Marcos Vieira/EM/D.A.Press )
Os cerca de 60 manifestantes que foram detidos durante o protesto contra o reajuste da tarifa de ônibus nessa quarta-feira, em Belo Horizonte, foram liberados na madrugada desta quinta-feira. Participantes do ato e algumas que passavam pela Rua da Bahia, no Centro da capital, no início da noite de ontem, entraram em conflito com a Polícia Militar.

A liberação dos detidos ocorreu depois de um acordo entre o secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, e as polícias Civil e Militar. Do hotel, os manifestantes foram levados em dois ônibus para a Central de Flagrantes II, no Bairro Floresta, Leste de BH. “Nós combinamos com a polícias para fazer um boletim de ocorrência geral e não individualizado. Todos (os manifestantes) estão identificados”, explicou o secretário.

Nilmário informou ainda que a secretaria está disponível para ouvir os manifestantes, que denunciam truculência da Polícia Militar. Já a corporação, por sua vez, alega que os detidos descumpriram a ordem não bloquear o trânsito durante o protesto. A PM disse também que lançou mão da força depois de ser atingida por objetos arremessados por integrantes do ato. Manifestantes negaram ter atacado os militares.

A Região Central de BH teve nessa quarta-feira momentos de tensão que lembraram as cenas dos protestos de 2013, quando a população foi às ruas manifestar contra o governo. Dessa vez, o que era para ser uma manifestação pacífica contrária ao aumento da passagem de ônibus terminou em conflito, bombas de efeito moral, balas de borracha e detenção.

A manifestação de ontem começou no fim da tarde, com uma concentração na Praça Sete, no Centro. No início da noite, parte dos ativistas bloqueou o trânsito na Avenida Afonso Pena, no sentido Centro/bairro, e, seguida, eles deram início a uma passeata até a sede da Prefeitura da capital.

O ato transcorreu sem incidentes até os manifestantes chegarem à esquina da Av. Afonso Pena, esquina com a Rua da Bahia. Eles foram impedidos pelos militares de continuar o trajeto, o que deu início ao confronto. Houve disparos balas de borracha, bombas de efeito moral, levando várias pessoas a procurar abrigo na região.

De acordo com o Capitão Henrique, da Polícia Militar (PM), alguns manifestantes foram chamados para dialogar e orientados a não interditar nenhuma via pública durante o protesto. A PM alega que as ordens não foram cumpridas e que os manifestantes atiraram objetos, o que desencadeou a reação dos militares para conter a multidão.

Segundo organizadores do movimento, a ação dos militares foi violenta. “Estava acontecendo uma manifestação pacífica quando a polícia começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha. Foi muita correria. Várias pessoas passaram mal”, disse uma professora que passava pela Rua da Bahia no momento da confusão. Um repórter fotográfico e um turista do Ceará ficaram feridos. Não foi divulgado o número que pessoas que se feriram, mas pelo menos oito foram atendidas no Hospital de Pronto Socorro João XIII e em outras unidades de saúde.

INVESTIGAÇÃO Em nota, o governo do estado classificou os fatos como "lamentáveis" e informou que "determinou apuração rigorosa". "A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania está acompanhando os desdobramentos do conflito e participará diretamente da investigação a ser feita pelos órgãos competentes, incluindo a escuta livre de todos os envolvidos e a perícia das imagens obtidas pela imprensa e nas câmeras de vigilância. O Governo de Minas Gerais reitera também sua posição de garantir o direito democrático de livre manifestação, assim como o de ir e vir de todos cidadãos, e a não tolerância com agressão a agentes públicos no exercício de sua função", diz o texto.

NOVO PROTESTO Apesar do confronto registrado ontem, os ativistas avisaram que vão continuar nas ruas e já marcaram um novo protesto. Criado no Facebook, o evento “2° Ato Contra O Aumento Da Tarifa” convoca os manifestantes para voltarem às ruas na tarde de sexta-feira na Praça Sete. Até o início da manhã desta quinta-feira, mais de 500 pessoas haviam confirmado presença.

Com informações de Rodrigo Melo e Thiago Lemos

Imagens registram início do confronto entre PM e manifestantes

E do nada começam as bombas. Todos munidos apenas de palavras e cartazes. E assim se mantem um ajuste tarifário ilegal.

Posted by Lucas Morais on Quarta, 12 de agosto de 2015

Vídeos mostram clima tenso em hotel no Centro de BH
 


Manifestantes entram em hotel após polícia lançar bomba


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