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Estado de Minas

Hospital Infantil João Paulo II pode acabar com atendimento de emergência em agosto

O fechamento pode acontecer devido a falta de médicos na unidade de saúde, o que fez o atendimento cair quase pela metade nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2014.


postado em 06/07/2015 18:58 / atualizado em 06/07/2015 19:05

Funcionários denunciam diversas irregularidades dentro da unidade de saúde(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Funcionários denunciam diversas irregularidades dentro da unidade de saúde (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O serviço de urgência do Hospital Infantil João Paulo II, referência no atendimento pediátrico no Estado, pode parar de funcionar em agosto. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg). O fechamento pode acontecer devido a falta de médicos na unidade de saúde, o que fez o atendimento cair quase pela metade nos seis primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2014. A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) admitiu que a unidade passa por dificuldade e que vai manter os esforços para manter o funcionamento.

O hospital recebe pacientes graves encaminhados pelas Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs), Central de Internação, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e pelas unidades Básicas de Saúde da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Porém, neste ano, a falta de profissionais de saúde fez o ambulatório ser fechado por diversas vezes. “No ano passado, o atendimento era de forma gradual. Nos fim de semanas, por exemplo, não tinha atendimento no ambulatório por falta de médico. Neste ano, a situação se agravou. Desde 1º de julho começou a suspender o atendimento nos dias de semanas. Em alguns plantões o laboratório fica fechado”, explica Carlos Augusto dos Passos Martins, diretor da Asthemg.

Segundo a associação, o hospital precisaria de aproximadamente 35 médicos para garantir o atendimento. Porém, atualmente, apenas seis profissionais trabalham na unidade. Os funcionários ainda fazem outras denúncias. “O ambulatório funciona em um local sem ventilação e estrutura adequada. Lá, estava acontecendo uma obra que foi parada. Por isso, convivemos com tapumes de madeira”, comenta Carlos Martins.

O atendimento em 2015 caiu quase pela metade. Nos últimos seis meses, 13.292 casos de urgência passaram pela unidade de saúde. No mesmo período do ano passado, foram 21.034 consultas. “A queda não foi na demanda, mas é porque neste mesmo período suspenderam o atendimento por diversas vezes”, diz o diretor da Asthemg.

Por causa da ameaça de fechar as portas, funcionários do hospital e moradores da região irão fazer uma manifestação na próxima quarta-feira. No mesmo dia, deputados que compõem a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em nota, a Fhemig afirmou que o Hospital Infantil João Paulo II tem uma taxa de ocupação de quase 100% de seus 157 leitos, 24 horas por dia. Além de atender 40 crianças com internação domiciliar, que correspondem a 50 leitos hospitalares. Admitiu que a unidade registra acúmulo de aposentadorias de seus profissionais nos últimos 7 anos, exonerações, demissões, inexistência de concurso público, esgotamento dos concursados chamados no último concurso público, de 2013 e efetivados em 2014. Por isso, segundo a Fhemig, “está impossibilitado legalmente de realizar contratação de médicos autônomos”.

Fhemig disse, também, que manterão plenamente o atendimento de pacientes graves e com doenças complexas e raras.


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