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Estado de Minas

Minas Gerais reduz desmatamento da Mata Atlântica em 34%

Atlas dos Remanescentes Florestais, do SOS Mata Atlântica, mostra redução no desflorestamento do bioma no estado em 2013-2014


postado em 27/05/2015 11:37 / atualizado em 28/05/2015 08:41

Trilha em trecho da Mata Atlântica na cidade de Nova Lima, na Grande BH(foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas - 14/04/2006 )
Trilha em trecho da Mata Atlântica na cidade de Nova Lima, na Grande BH (foto: Jorge Gontijo/Estado de Minas - 14/04/2006 )

O desmatamento das áreas remanescentes da Mata Atlântica em Minas Gerais caiu 34% nos últimos dois anos. No entanto, o estado ainda tem uma longa caminhada em direção à conservação do bioma, pois está no segundo lugar entre os estados que mais destruíram a vegetação. Os números fazem parte do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta quarta-feira.

O levantamento é realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) desde a década de 90. Os resultados são obtidos por meio de um mapeamento das áreas em 17 estados, analisando a ação humana sobre os remanescentes florestais em imagens capturadas por satélite.

O Piauí, no Nordeste, foi o estado campeão de desmatamento, com 5.626 hectares. O município de Eliseu Martins foi responsável por 23% do total dos desflorestamentos, com 4.287 hectares. Este é o segundo ano em que o Atlas mostra um padrão de desmatamento no sul do Piauí, onde se concentra a produção de grãos.

Minas Gerais, que chegou a ocupar o primeiro lugar no levantamento 2012-2013, aparece logo depois do Piauí neste ano, com 5.608 hectares desmatados, contra 8.437 na pesquisa anterior. A queda foi de 34%. Segundo o SOS Mata Atlântica. O recuo é resultado de uma moratória, autorizada pelo governo de Minas, que impede a concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa da Mata Atlântica. A ação foi realizada a pedido da SOS Mata Atlântica e do Ministério Público Estadual.

Conforme a Fundação, entre 2013 e 2014, nove estados apresentaram desmatamento menor do que 100 hectares (equivalente a 1 quilômetro quadrado), chegando perto da meta de desmatamento zero: São Paulo (61 hectares), Rio Grande do Sul (40 hectares), Pernambuco (32 hectares), Goiás (25 hectares), Espírito Santo (20 hectares), Alagoas (14 hectares), Rio de Janeiro (12 hectares), Sergipe (10 hectares) e Paraíba (6 hectares).

A mata está distribuída ao longo da costa atlântica do Brasil, chegando a algumas áreas da Argentina e do Paraguai nas regiões Sudeste e Sul. Originalmente, ela abrangia 1.309.736 quilômetros quadrados do território brasileiro, segundo o Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que o governo está implementando uma série de ações para coibir o desmatamento e recuperar as áreas devastadas, evitando que que o estado volte ao topo do ranking.

Em 2015, já foram realizadas três grandes operações para coibir o desmatamento ilegal da Mata Atlântica. Uma delas, realizada em março, embargou 550 hectares de áreas do bioma desmatadas ilegalmente e aplicou multas que somaram R$ 5,8 milhões. A ação foi realizada na região do estado onde se concentram as três cidades mineiras onde mais se encontram desmatamentos, segundo o Sisema: Ladainha, Itaipé e Novo Cruzeiro.


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