Dezoito homens estão detidos na Delegacia de Plantão de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A prisão ocorreu depois de uma denúncia anônima informar que traficantes da região realizavam um baile funk para comemorar o aniversário de um dos bandidos, conhecido como Dedé, com cerca de 100 pessoas.
Os suspeitos foram detidos por por volta de 4h da madrugada, quando militares do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), de Contagem, e da 2ª Companhia de Missões Especiais chegaram ao sítio que fica na Rua Maria Luiza, 260, no Bairro Brasília, em Sarzedo. Ainda segundo o denunciante, os suspeitos estavam distribuindo drogas e bebidas para menores de idade.
Além das prisões, a polícia apreeendeu oito armas, entre revólveres de calibre 38 e pistolas 9 milímetros, dinheiro e drogas. De acordo com agentes da Delegacia de Ibirité, foram recolhidos 85 pinos de cocaína e mais 17 papelotes da substância, nove pedaços de maconha e quatro pedras de crack. Na chegada dos policiais, havia grande movimentação de pessoas na rua e muitos tentaram fugir a pé ou se esconder no interior do imóvel.
De acordo com o boletim de ocorrência, o primeiro a ser preso foi o porteiro da festa, identificado como Wanderson, que também trabalhava como segurança do evento. Com ele, foi encontado um revólver calibre 38, de numeração raspada. O homem, que não tinha porte de armas, nem trabalhava em empresa de segurança particular, já havia sido detido outras vezes por esse mesmo tipo de delito.
Já na entrada do sítio, os policiais puderam ver os participantes dançando e ostentando armas em punho. Foram recolhidos cinco revólveres calibre 38, duas pistolas 9mm e outra 380 mm. Com um dos presos, identificado como Volpone, foi apreendido um rádio – semelhante aos usados pela PM – com o qual ele se comunicava com outro suspeito, o Diego, para fazer a segurança do ambiente. O objetivo, segundo o boletim, era acompanhar a movimentação no local e avisar sobre a possível chegada de viaturas policiais.
No local, foram encontrados ainda diversos símbolos que identificam a facção criminosa como anjos revolucionários e alguns dos presos tinham as iniciais AR em pinturas no cabelo, remetendo à participação no grupo. Em conversa com vizinhos, os militares apuraram, de maneira sigilosa, que a facção é temida na região, que são cruéis e que matam sem motivo. Os suspeitos aguardam para ser ouvidos pelo delegado Ângelo Ramalho, que irá apurar a responsabilidade de cada um em relação ao tráfico e ao porte das armas. Ainda segundo a Polícia Civil, todos têm passagem por algum tipo de crime, o que também será apurado.