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Estado de Minas

Segurança será reforçada nas Gaecos de Minas Gerais depois de atentado contra promotor

A atenção maior será nas regiões do Alto Paranaíba, onde aconteceu a tentativa de homicídio, e no Triângulo Mineiro. Promotor segue internado em um hospital de MG


postado em 24/02/2015 14:51 / atualizado em 24/02/2015 15:02

Juliano Aparecido de Oliveira foi preso em churrasco e confessou o atentado(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)
Juliano Aparecido de Oliveira foi preso em churrasco e confessou o atentado (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)

O atentado contra o promotor de Justiça Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, acendeu o alerta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O órgão decidiu aumentar a segurança nas onze unidades do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no Estado. A atenção maior será na região onde aconteceu a tentativa de homicídio e no Triângulo Mineiro. A medida foi anunciada no início da tarde desta terça-feira pelo Procurador-Geral de Justiça Carlos André Mariani Bittencourt.

Em toda a Minas Gerais, trabalharam mil promotores e procuradores. E destes, um pequeno número, segundo o procurador-geral, recebem ameaças de mortes. Mesmo assim, as estratégias para tratar os casos será mudada. “Poucos promotores recebem ameaças. Porém, vamos rever as metodologias para o acompanhamento dos casos”, afirmou Bittencourt.

Um dos promotores que recebia ameaça de criminosos é Marcus Vinícius. Ele chegou a notificar as autoridades depois de receber ameaças do vereador Valdelei José de Oliveira – pai do autor confesso do atentado Juliano Aparecido de Oliveira, de 21 anos. Porém, o promotor dispensou escolta armada. O procurador-geral reconheceu que possa ter tido um erro de segurança no caso. “Nós não recebemos o 1º caso de ameças, por isso não teve como agir. Mas, acredito que possa ter tido falta de segurança”, disse.

O chefe da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, o procurador André Ubaldino, questionou as estruturas das unidades do Gaeco. “Elas tinham sido criadas por lei, mas não tinham uma estrutura. Agora, estão começando a criar uma estrutura que nos atenda. A que temos hoje apresenta limitações”, comentou.

Ubaldino ressaltou que há uma parceria entre as policiais Civil, Militar, Rodoviária Estadual e Federal, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para garantir a segurança dos servidores.

Atentado contra o promotor

O promotor Marcus Vinícius segue internado no Hospital Santa Clara, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. O último boletim médico, divulgado às 17h de segunda-feira, informa que o paciente apresentou melhora significativa e respira sem a ajuda de aparelhos. Marcus se recupera bem dos ferimentos provocados pela arma de fogo, mas ainda necessita do uso de um dreno no tórax devido a uma lesão pulmonar. O pai do suspeito também permanece detido, até que se esclareça se houve participação do ex-parlamentar – cassado após a Operação Feliz Ano Novo – no atentado em Monte Carmelo.

As investigações sobre o atentado contra o promotor de Justiça de Monte Carmelo Marcus Vinícius Ribeiro indicam que o crime cometido no último sábado foi motivado por vingança. Apresentado na segunda-feira na Cidade Administrativa do governo de Minas, Juliano Aparecido de Oliveira, filho do ex-vereador Valdelei José de Oliveira, é apontado como o responsável pela tentativa de homicídio. Em depoimento à polícia, ele disse que tentou matar Marcus por ele ter sido um dos responsáveis pela investigação que culminou com a cassação do mandato de seu pai.

De acordo com os delegados, Juliano foi preso na casa da irmã da sua companheira, em pleno churrasco, na cidade próxima de Romaria. Ele foi para a comemoração depois de descarregar 15 tiros no promotor, dos quais acertou três, sendo dois nas costas e um no braço.


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