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Estado de Minas

Instalação de tubulação de gás causa transtorno a moradores de Belo Horizonte

Moradores reclamam do barulho e sujeira nas obras. Empresa diz que transtornos se devem ao clima


postado em 18/09/2014 06:00 / atualizado em 18/09/2014 06:49

Na Rua Tereza Mota Valadoraes, no Burutis, a poeira durante as internvenções se espalha pelos prédios vizinhos (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Na Rua Tereza Mota Valadoraes, no Burutis, a poeira durante as internvenções se espalha pelos prédios vizinhos (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Implantação da tubulação de gás em Belo Horizonte complica a vida de moradores. Poeira, barulho e sujeira nas ruas são as principais reclamações dos vizinhos das obras. A primeira fase dos trabalhos vai até 2017 e abrange uma rede de 233 quilômetros, em 22 bairros da Região Centro-Sul da capital. O gerente do projeto de implantação do gás residencial da companhia mineira, a Gasmig, Marcelo Sant’Anna, atribui os transtornos às condições climáticas da época.
Já instalada nos bairros Santo Agostinho, Lourdes, Belvedere e Vale do Sereno, em Nova Lima (região metropolitana), as intervenções estão sendo feitas agora no Buritis (Oeste de BH) e no Sion (Região Centro-Sul). Moradora do Buritis, a aposentada Nancy de Almeida Leite Botrel, de 52 anos, tem que lacrar os vidros das janelas e, mesmo assim, não se livra da poeira nas canaletas. “Moro na cobertura e fica uma nata de poeira na piscina. Sou alérgica e estou tendo que tomar remédios, porque a situação está difícil”, afirma.


Ela conta que na Rua Tereza Mota Valadares, onde mora, os operários começam a trabalhar às 6h e param às 21h. Nancy cobra agilidade para tampar os buracos e que as calçadas sejam refeitas, além do serviço de limpeza no fim do dia. “Estamos numa época de seca, em que é fundamental economizar água. Mas como? Todo os dias, depois das obras, tenho que lavar a área para fazer a poeira baixar, porque nem um caminhão-pipa vem aqui para nos ajudar”, diz.


Também morador do Buritis, Wilkerson Rodrigo Gomes enviou e-mail à Gasmig cobrando solução urgente para a Rua Consul Walter. Ele diz que transtornos como problemas de trânsito e barulhos são comuns em obras, mas considera inaceitável a sujeira. “Na minha varanda, a uns 10 metros de altura da rua, é possível recolher poeira com as mãos. Não seria possível lavar a rua ao menos a cada dois dias? E a saúde, como fica?”, questionou. A garagem do prédio também foi afetada: pintada recentemente, ficou suja depois do vazamento que deixou uma camada de barro em frente ao edifício.
Engenheiro e síndico de um prédio na Avenida do Contorno, no Sion, Lúcio Otávio Ribeiro Moreira Júnior, de 42, enfrentou problemas na rede de esgoto. As obras, feitas no fim de semana, deixaram o trânsito lento e a Contorno tomada por máquinas e caminhões. “Desviaram a rede do prédio e o esgoto começou a voltar no poço de visita. Tivemos de chamar a Copasa, que deverá refazer a rede”, conta.


O desconforto passou para dentro do edifício. Como o poço é perto da garagem, além do mau cheiro, os dejetos foram carreados para o imóvel. “Como engenheiro, entendo os problemas causados por uma obra. Mas, como síndico, tenho que buscar soluções. Não há como haver intervenções sem ônus, mas, com planejamento, o transtorno pode ser diminuído.”

Tempo seco

Marcelo Sant’Anna, da Gasmig, diz que o contrato com as empreiteiras é rígido, tendo sendo atribuída a elas a obrigação de causar o menor transtorno possível à população. “O tempo está muito seco, por isso qualquer furo que se faz gera muito poeira, que é carregada pelo ar. Compreendemos o que está ocorrendo e as reclamações, mas é uma situação quase inevitável mais pelas condições climáticas que pela obra em si”, afirma.


As reclamações em relação ao asfalto, segundo o diretor, se devem ao fato de ele estar sendo refeito em duas etapas. O buraco aberto para a instalação da tubulação é tampado com terra e, depois, com asfalto a frio (provisório). Depois de tudo concluído é que se põe o asfalto definitivo. Sant’Anna acrescenta que a orientação é limpar as ruas, inclusive com o apoio de caminhões-pipa e deixar calçadas e vias exatamente como eram antes da intervenção.


Por enquanto, a rede de gás está sendo instalada para beneficiar os moradores de prédios. Depois de 2017, o serviço será oferecido a casas. O tubo de aço que está sendo instalado como linha-tronco é usado nas principais capitais do mundo, de acordo com o diretor da Gasmig, e vai até o Bairro Betânia, na Região Oeste de BH.


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