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Estado de Minas

Bombeiros usam drone e radar de solo nas buscas por operador de máquinas em Itabirito

Além das tecnologias, 23 homens trabalham na empresa junto com um cão farejador para encontrar o homem desaparecido. Outra barragem corre risco de ceder


postado em 11/09/2014 16:55 / atualizado em 11/09/2014 18:10

Área de buscas dentro da mina na empresa Herculano, em Itabirito (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)
Área de buscas dentro da mina na empresa Herculano, em Itabirito (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)

As buscas para encontrar o corpo do operador de restroescavadeira Adilson Aparecido Batista, de 44 anos, continuam. Militares do Corpo de Bombeiros trabalham na mineradora Herculano em Itabirito, na Região Central de Minas, há mais de 48 horas. Nesta quinta-feira, a tecnologia é um aliado na operação. Um drone e um GPR (um radar de penetração no solo) são usados pelos bombeiros. Também auxilia na operação um cão farejador. A tragédia deixou outras duas pessoas mortas.


O drone está fazendo um rastreamento aéreo no terreno devastado pelos rejeitos de mineração. O equipamento é capaz de atingir uma área equivalente a cerca de 30 campos de futebol. Já o GPR faz um raio x do solo e consegue identificar o que é material de mineração e orgânico - como vísceras humanas, por exemplo. Com ele os militares tentam chegar até o corpo do operador de máquinas desaparecido desde o deslizamento.

Ao todo, 23 homens do Corpo de Bombeiros e um cão farejador participam da operação, que é bastante arriscada. Isso porque a Barragem 3, que fica ao lado da estrutura que cedeu, também ameaça vir abaixo. Técnicos da empresa, conforme a corporação, já foram alertados e se comprometeram a fazer a contenção da área.

O coordenador do núcleo de emergência ambientais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Samad), Nilton Franco, esteve no local, nesta quinta-feira, e notificou a empresa. Segundo ele, até esta sexta-feira, os responsáveis terão que apresentar um plano de emergência para garantir a estabilidade da Barragem 3.

A tragédia também está sendo investigada pelo Ministério Público de Minas Gerais. A promotoria vai fazer uma apuração paralela a do rompimento de barragem de rejeitos na mina, principalmente por causa dos problemas ambientais causados pela avalanche de lama. A dimensão danos ainda está sendo contabilizada.

O acidente

A barragem que rompeu é uma das quatro contenções existentes da área da Mineração Herculano. A onda formada pelos rejeitos deixou ainda um operário ferido, dois mortos e o desaparecido.

Dois trabalhadores conseguiram escapar e relataram a socorristas momentos de pânico. Muitos tentaram salvar os colegas usando as próprias mãos para escavar, sem sucesso. O acidente ocorreu por volta das 7h30 quando, segundo o Corpo de Bombeiros, equipes trabalhavam na manutenção da barragem. O resgate – considerado de alto risco, por causa da instabilidade do terreno – durou cerca de 11 horas até ser suspenso, na noite de quarta-feira.

Dois corpos foram retirados da lama. O topógrafo Reinaldo da Costa Melo, de 68 anos, funcionário de uma empresa terceirizada, fazia medições próximo à barragem quando foi atingido. Ele foi achado morto, sobre a lama. Cristiano Fernandes da Silva, de 32, que dirigia um caminhão, foi encontrado sem vida na cabine do veículo parcialmente soterrado. Adilson, que operava a retroescavadeira ainda é procurado. O sepultamento de Reinaldo será às 16h no Cemitério Colina, em BH. Cristiano também será enterrado nesta quarta na cidade de Belo Vale, região central.


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