Policiais militares do interior de Minas vão passar por um intercâmbio para reforçar o policiamento ostensivo em Belo Horizonte, compartilhar experiências e ganhar qualificação, sobretudo nas questões de eventos. Nos 32 dias da Copa do Mundo, o efetivo da capital foi aumentado de 6 mil para 13 mil militares, sendo 600 transferidos do interior e, como o balanço dos trabalhos foi considerado positivo durante os jogos do Mundial, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) calcula trazer um número de PMs equivalente ao de uma companhia, cerca de 200, para trabalhar exclusivamente em ações preventivas, de tempos em tempos. “A necessidade se faz em todo o estado e não é razoável que a gente cumpra um planejamento em detrimento da necessidade de outras localidades”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Márcio Martins Santa’Ana.
Segundo o secretário, são vários os esforços para reduzir a criminalidade com base na experiência obtida na Copa do Mundo, como manter visibilidade maior da presença da PM nas ruas. Apesar de, segundo ele, o contingente não ser o mesmo empregado na Copa, que foi uma situação excepcional, com férias de militares suspensas.
Uma das práticas positivas da Copa e que será adotada no dia a dia, segundo Rômulo Ferraz, é a integração das forças policiais do estado (PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) com o município e a União. O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) criado para a Copa do Mundo, mas que já vinha sendo testado desde a Copa das Confederações, no ano passado, integrou as imagens de 1.457 câmeras de diversas instituições, como BHTrans, Guarda Municipal de BH e Contagem, Autopista Fernão Dias, CBTU, Infraero e Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG).