
Os tabletes de maconha estava nos porta-malas e até nos bancos de trás dos carros, em uma forma de carregamento que chamou a atenção da polícia. “Impressiona pela ousadia, pela falta de preocupação dos bandidos em esconder a droga”, afirma o delegado Antônio Prado, do Grupo de Combate a Organizações Criminosas da Polícia Civil. Segundo ele, a maconha apreendida seria usada para abastecer o tráfico na Grande BH e no interior do estado.
Para chegar ao grupo, que atuava no esquema havia cerca de um ano e meio, o delegado explica que a polícia começou a levantar os históricos de prisões e apreensões de drogas em Minas. Os investigadores chegaram ao nome de Abdon, apontado pelo delegado como mentor da organização em Minas e responsável pelo aluguel da casa no Belvedere. A escolha do imóvel, segundo o delegado, foi estratégica, já que a casa fica em um ponto nobre da cidade, que pouco chama a atenção para tal atividade. “Ele já foi preso em 2008, em Divinópolis, por transporte de 2 toneladas de maconha. Fugiu da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, em 2010. Desde então estava foragido.”
O suspeito foi preso portando documento falso, com nome de Marcelo, identidade que já era usada havia aproximadamente dois anos. O irmão de Abdon, identificado apenas como Anderson, também foi preso. Os dois assumiam a posição de batedores do comboio durante o transporte e informavam aos comparsas sobre a presença de policiais no caminho. Abdon dirigia uma Hilux Preta, enquanto o irmão conduzia um Fiat Strada. O terceiro preso também é de Minas e os outros dois são do Mato Grosso do Sul e estariam vindo a BH para ajudar no transporte da droga.
