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Estado de Minas

Defesa de delegado suspeito de matar adolescente garante inocência; jovem é velada

O corpo de Amanda Linhares é velado em Conselheiro Lafaiete. Principal suspeito do crime permanece preso e mantém tese de suicídio


postado em 04/06/2013 21:44 / atualizado em 04/06/2013 22:05

Familiares cercam caixão de Amanda, enquanto pessoas que nem sequer conheciam a jovem comparecem ao velório para prestar solidariedade(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Familiares cercam caixão de Amanda, enquanto pessoas que nem sequer conheciam a jovem comparecem ao velório para prestar solidariedade (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)


Muita comoção toma conta do Velório São Jorge, em Conselheiro Lafaiete, Região Central de Minas, na noite desta terça-feira. Às 18h30 chegou ao local o corpo de Amanda Linhares, a adolescente de 17 anos que por 51 dias lutou para se manter viva depois de ser baleada na cabeça enquanto viaja com o ex-namorado, o delegado da Polícia Civil Geraldo do Amaral Toledo Neto, principal suspeito do crime. A jovem morreu na noite dessa segunda-feira no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital. De acordo com a defesa do policial, ele passou mal ao saber da morte da ex.

Toledo, que se recupera de uma virose, recebeu a notícia pela manhã, na Casa de Custódia da Polícia Civil, onde está preso desde 15 de abril, um dia após Amanda ser baleada. “Quando telefonei pela manhã ele já estava chorando muito. Está abatidíssimo. Ele estava muito esperançoso e o chão se abriu a ele, porque se ela acordasse poderia vir a esclarecer as coisas”, relatou a advogada Maria Amélia Tupynambá, que garante a inocência do delegado. Geraldo garante que Amanda suicidou.

Um exame residuográfico demonstrou que não havia vestígio de pólvora nas mãos da adolescente. Segundo a advogada de Toledo, tal laudo é inconclusivo e não elimina a hipótese de que Amanda tenha, de fato, atirado contra a própria cabeça. Ela afirma que outro laudo pericial evidencia a inocência do policial. “É um laudo pericial e médico-legal com todos os quesitos demonstrando que a lesão é compatível com suicídio. E o mais importante é uma ata notarial tirada dos diálogos da própria Amanda onde ela reclama absoluto abandono da família”, destaca Tupynambá.

Amanda e Toledo mantiveram um relacionamento amoroso por mais de dois anos(foto: Reprodução/Facebook)
Amanda e Toledo mantiveram um relacionamento amoroso por mais de dois anos (foto: Reprodução/Facebook)
Outro fato que pode complicar a defesa de Toledo é o fato de objetos pessoais da adolescente terem sido encontrados sob o Viaduto da Mutuca, na BR-040. As buscas, realizadas pela Corregedoria da Polícia Civil, foram feitas depois que um amigo do delegado disse ter ouvido ele falar que jogou os objetos da jovem em vários locais da estrada quando voltava do hospital em Ouro Preto onde deixou Amanda. “Eles encontraram um pé de um sapato, que foi confirmado que seria dela porque a mãe tem foto. Mas é um sapato de festa, de salto alto, e no dia (em que a jovem foi baleada) ela estava de sandálias”, diz. Foi na casa deste mesmo amigo que o policial deixou o veículos após a vítima ser ferida.

Amanda foi baleada em 14 de abril durante uma suposta briga com o delegado, com quem manteve um relacionamento amoroso. Ele buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas, e ambos seguiram juntos para Ouro Preto. Por volta das 19h50 do mesmo dia a PM recebeu a denúncia da briga de um casal na estrada entre o município e o distrito de Lavras Novas. Vinte minutos depois, a corporação recebeu novo chamado, de que uma adolescente deu entrada numa unidade de pronto atendimento (UPA) com um tiro na cabeça.

Com informações de Mateus Parreiras


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