A Polícia Militar enfrentou nessa sexta-feira dois protestos de moradores revoltados com ações da corporação. No início da noite, manifestantes da Vila São Lucas, no Bairro São Lucas, Centro-Sul de BH, fecharam um acesso ao local e puseram fogo em caixotes, revoltados com agressões policial. No fim da tarde, um grupo do Aglomerado Pedreira Prado Lopes, no Bairro São Cristóvão, Noroeste de BH, ameaçou fechar a Avenida Antônio Carlos, em protesto pelo desaparecimento de um morador, após abordagem policial.
O clima de tensão na Vila São Lucas teve início com uma ação policial em que dois jovens foram baleados segunda-feira. A dona de casa M., de 45 anos, mãe de um dos rapazes atingido de raspão, disse que o filho não chegou a ser preso, mas na quinta-feira um grupo de PMs teria invadido a casa dela, intimidando a família dizendo que procurava um rádio comunicador.
A mulher do outro jovem, atingido de raspão, contou que depois que ele foi medicado militares abriram as algemas e o liberaram. “Eles alegam que houve troca de tiros, mas não provam nada. O que ocorreu é que um grupo de policiais veio pela parte alta e o outro pela de baixo e atiraram”, disse a mulher. O tenente-coronel Luiz Francisco Filho, comandante do 22º BPM, disse que a ação da segunda-feira foi para libertar um policial civil refém de criminosos. “Desde então, intensificamos as operações para proteger a comunidade ordeira”.
Moradores da Pedreira Prado Lopes protestaram depois que um menor sumiu ao ter a moto apreendida por PMs. O coronel Rogério Andrade, comandante do Policiamento da Capital, disse que foi determinada a apuração do desaparecimento.