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Estado de Minas

Família de BH desaparece após morte da mãe em suposto ritual de seita

Cinco irmãs, o pai delas e o neto dele estão desaparecidos desde a última segunda-feira


postado em 02/03/2012 18:58 / atualizado em 02/03/2012 19:41

Quem tiver informações sobre os desaparecidos podem ligar para o número 0800 2828 197(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Quem tiver informações sobre os desaparecidos podem ligar para o número 0800 2828 197 (foto: Polícia Civil/Divulgação)
 

A polícia investiga um sumiço misterioso de sete pessoas da mesma família em Belo Horizonte, que pode estar relacionado a uma seita. Cinco irmãs, o pai, de 81 anos, e a neta dele, de 4, não são mais vistos desde que a mãe das mulheres morreu, em 26 de fevereiro deste ano. De acordo com a delegada Cristina Coelli, da Delegacia Especializada em Localização de Pessoas Desaparecidas da capital, a aposentada, que era portadora de necessidades especiais e tinha diabetes, morreu em um ritual realizado pelas filhas, que acreditavam poder curá-la sem o uso de remédios.

“A seita teve início no final de janeiro, quando uma das filhas de um núcleo familiar de 11 irmãos voltou para casa dos pais depois de se separar do marido. Ela convenceu quatro irmãs a criar o grupo e os outros, que não aceitaram, foram expulsos de casa”, afirma a delegada. “Durante os rituais, as mulheres jejuavam e alimentavam a mãe apenas com água, pão e biscoitos. Além disso, suspenderam a medicação que ela tomava”, disse Cristina Coelli.

Na cópia do atestado de óbito obtido pelos irmãos que haviam deixado a residência, foi registrado que a idosa morreu por problemas cardíacos, mas a veracidade do documento é questionada pela família. “A polícia foi acionada no dia da morte e as irmãs apresentaram um atestado de óbito feito, segundo elas, por um médico da família. Porém os outros irmão não conhecem o profissional”, revela Cristina Coelli.

Os rituais aconteciam no Bairro Ipanema, na Região Noroeste de Belo Horizonte. A mulher considerada a líder do grupo apresentava comportamentos estranhos na casa. Segundo a polícia, ela se arrastava pelo chão, uivava e rosnava. “Ela falava que tudo que colocava a mão tinha influência demoníaca e mandava as outras irmãs quebrarem os objetos que ela tocava”, disse a delegada. A destruição foi flagrada pelos policiais, que fizeram uma perícia no imóvel. “A casa está praticamente vazia e destruída. Elas colocaram fogo em vários móveis e destruíram algumas paredes”, conta Cristina Coelli. Os rituais foram classificados pela polícia como um transtorno psicótico compartilhado instalado na família.

Para a polícia, a prioridade agora é encontrar o idoso e a criança, que correm risco por serem mais vulneráveis. “Contamos com a ajuda da sociedade para passar informações sobre a localização deles e sobre a seita. Os dados podem ser passados pela número 0800 2828 197", orienta a delegada.

As cinco irmãs podem responder por homicídio por dolo eventual, pois assumiram o risco da morte.

 


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