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Estado de Minas

Policial civil também é suspeito de envolvimento na morte de dois jovens em Valadares

Dois PMs foram presos por participação no caso


postado em 07/02/2012 06:00 / atualizado em 07/02/2012 06:41

Palio com grupo de seis jovens ficou crivado de balas. Militares foram detidos e transferidos para BH(foto: TV Alterosa/Reprodução)
Palio com grupo de seis jovens ficou crivado de balas. Militares foram detidos e transferidos para BH (foto: TV Alterosa/Reprodução)

A Polícia Civil de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, procura o investigador Wesley Barbosa, de 27 anos, um dos acusados de atirar num grupo de seis jovens e matar dois deles depois de uma festa no Distrito Industrial da cidade no fim de semana. De acordo com nvestigações da polícia, com Wesley, que teve a prisão preventiva pedida nessa segunda-feira, estavam os militares Silas Soares Pereira, 23 anos, e Kewem Messias Costa, de 22, presos no local e transferidos nessa segunda-feira para Belo Horizonte. Os dois soldados e o policial civil são amigos e estavam na mesma festa que o grupo de jovens. Na saída do local, eles entraram em um Gol azul e seguiram o grupo, que estava em um Palio prata, até emparelharem, quando dispararam cerca de 20 vezes, matando na hora W.O.S, de 13 anos, e O.G.O, de 17, que morreu na manhã dessa segunda-feira no Hospital Regional de Valadares.

De acordo com o delegado Fábio Sfalcin, que estava de plantão no momento do crime, as informações coletadas pela perícia dão conta de que foram encontradas cápsulas de duas armas no local do crime, uma pistola ponto 40 e outra calibre 380. “Logo que assumimos a ocorrência, fizemos algumas diligências na casa dos militares suspeitos e encontramos uma pistola ponto 40, um revólver calibre 38 e uma garrucha. Tudo indica que a pistola é de responsabilidade da Polícia Civil e os exames vão comprovar se foi dela que partiram os tiros”, afirma o delegado. As buscas se concentram agora na arma do soldado Kewem. O inquérito foi encaminhado nessa segunda-feira à Delegacia de Homicídios, que vai assumir as investigações.

Ainda segundo Fábio Sfalcin, as investigações preliminares apontam que o soldado Kewem já tinha um histórico de desavenças com alguns integrantes do grupo de jovens, alvejados pelos disparos. Quando todos se encontraram na festa, segundo a PM os policiais começaram a ostentar armas de fogo. “Nós apuramos que eles mostravam as armas com o objetivo de intimidar as pessoas e provocar um confronto. Não temos informações de uma possível discussão ou fato que explodiu nos tiros”, conta o delegado. Outro grupo de jovens, que estava em um terceiro carro, um Palio Weekend, acabou seguindo os policiais e presenciou o crime, prestando informações à polícia.

Um dos ocupantes do veículo onde estavam as vítimas, Aldeson Marcelino de Oliveira, de 20, disse nessa segunda-feira que os dois soldados fazem policiamento no Bairro Santa Terezinha, onde moram as vítimas. Segundo ele, é comum os militares intimidarem os jovens. Já o primo do menor que morreu na manhã dessa segunda, Leandro Coelho da Costa, de 19, afirmou que o alvo dos tiros era um rapaz conhecido como Celo. A Polícia Civil informou que um dos ocupantes, que saiu ileso do carro, foi identificado apenas como Cerlon, de 21 anos, mas ainda não há informações oficiais dizendo se ele era o mais visado.

Mlitares

Segundo o tenente-coronel João Lunardi, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, os dois soldados que serviam há quatro anos no batalhão foram transferidos para Belo Horizonte, de acordo com as vagas disponíveis para os presos militares. “Eles estão à disposição da Corregedoria da Polícia Militar e inicialmente negaram a participação no crime. O argumento deles é de que a acusação é falsa e partiu de traficantes do Bairro Santa Terezinha. Por orientação de advogados, já manifestaram a vontade de permanecerem calados durante o inquérito, através da assinatura de um termo”, diz o comandante.

Ainda segundo o chefe do 6º BPM, toda a assistência às famílias das vítimas será dada pela Polícia Militar e, se comprovada a participação dos soldados, a punição será exemplar. “Se as investigações mostrarem que os dois agiram para matar os jovens, vamos expulsá-los dos quadros da Polícia Militar”, conclui o comandante. Se acordo com a PM, nenhum dos dois tinha autorização para andar armado fora do horário de serviço.
 


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