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Estado de Minas TEMPORADA DE LADRÕES

PM sugere a quem vai viajar redobrar o cuidado com a segurança da casa

No Santa Lúcia, uma única rua teve oito arrombamentos nas últimas férias


postado em 06/01/2012 06:00 / atualizado em 06/01/2012 07:05

 

 Leonelio Vieira fez a mudança da irmã, que desistiu de viver no Bairro Santa Lúcia depois de quatro assaltos(foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
Leonelio Vieira fez a mudança da irmã, que desistiu de viver no Bairro Santa Lúcia depois de quatro assaltos (foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)

 

A família da advogada Iara Cristina Marks, de 45 anos, tomou uma decisão drástica depois de desistir de viajar no réveillon para proteger a casa onde mora dos ladrões. Na quarta-feira, ela, o marido e três filhos se mudaram, com medo da violência, e vão viver no 23º andar de um prédio em busca de mais segurança. O medo da família tem justificativa. Moradora da Rua Agena, no Bairro Alto Santa Lúcia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, ela já foi assaltada quatro vezes e ficou mais assustada ainda depois que uma quadrilha “limpou” uma casa na rua de baixo na noite de Natal, aproveitando que a moradora passava as festas de fim de ano em Nova York.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), os arrombamentos de residências aumentaram 26,9% em Belo Horizonte de janeiro a outubro de 2011, com 1902 casos. No mesmo período de 2010, foram 1499 ocorrências. Para quem viaja nestas férias, fica o alerta da Polícia Militar. Os furtos aumentam na ausência dos moradores, que devem tomar alguns cuidados para evitar, ou dificultar, a entrada dos ladrões.

No Santa Lúcia, a Rua Agena não é o único alvo dos ladrões no período de férias. As ruas Roma, Lazer, Nazaret e Xingu também sofrem com a ação dos arrombadores. Somente em janeiro do ano passado, a Xingu registrou oito arrombamentos. O comerciante Márcio Pereira Lino, de 77 anos, conta que no réveillon do ano passado saiu de casa por apenas 1 hora e quando retornou ela já tinha sido arrombada. “Destruíram o cadeado do portão da frente, arrombaram a porta e levaram joias, notebook e um gravador”, disse o comerciante. “O roubo, com certeza, já estava programado. Roubaram em apenas 1 hora. Acredito que seja uma mesma quadrilha e que todos os roubos da rua foram planejados”, acrescenta.

Revezamento

Os moradores Xingu tomam suas precauções, mas pouco adianta. As casas têm muros altos, grades, cercas elétricas, alarmes e câmeras de segurança, mas, mesmo assim, os ladrões não dão trégua. Eles também fazem parte do programa Redes de Vizinhos Protegidos. “Mesmo assim, a gente nunca deixa a casa sozinha. Sempre que um sai, outro fica”, disse o comerciante.

O aposentado Flávio Maia, de 72 anos e morador há 30 anos da Rua Xingu, conta que quase toda semana tem arrombamento nas casas do bairro. “Isso gera uma sensação de insegurança e pânico”, disse o aposentado, que quando viaja deixa um funcionário tombando conta da casa. “Ele recolhe o jornal todos os dias e não deixa correspondências acumuladas para denunciar que não tem ninguém e chamar a atenção do ladrão. Meu funcionário também deixa as luzes acesas à noite”, disse Flávio.

Moradores de outras regiões de BH também se preocupam com a segurança das suas casas quando viajam de férias. No Bairro Bandeirantes, na Pampulha, o empresário Ismael Luiz de Araújo Rodrigues , de 51, contrata vigilante mesmo tendo um caseiro fixo. O empresário também faz questão de manter a rotina: a padaria entrega a mesma quantidade de pães mesmo quando a família está viajando. “O caseiro até joga pão fora. Meus empregados também não falam que o patrão está viajando quando alguém telefona”, conta Ismael.

Proteja sua casa

>> Não comente sua viagem com desconhecidos.


>> Comunique sua ausência a um vizinho de confiança.


>> Verifique se portas e janelas estão trancadas.


>> Reforce os pontos vulneráveis do imóvel.


>> Não deixeà vista ferramentas, escadas, tamboretes, marretas e outros objetos que facilitam arrombamentos.


>> Se possível, instale um aparelho de fotocélula para acender

e apagar as luzes internas e externas à noite e de dia.


>> Caixas de correio cheias são indicativos de morador ausente.


>> Peça a um vizinho para recolher sua correspondência.


>> Desligue a campainha. Assim, quem tocar ficará em dúvida se há alguém em casa.


>> Não deixe joias ou dinheiro em casa, mesmo dentro de cofres.


>> Utilize cofres de bancos.


>> Se a viagem for longa, deixe dois jogos de chaves

com pessoas de confiança.

Fonte: PMMG


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